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Greve deixa cerca de 215 mil sem transporte em BH

Por Da Redação
14 Maio 2012, 20h04

Por Marcelo Portela

Belo Horizonte – Uma greve dos metroviários iniciada nesta segunda-feira deixou cerca de 215 mil passageiros sem transporte em Belo Horizonte e na região metropolitana da capital. Durante a manhã, nenhuma das 25 composições circulou e as 19 estações do metrô nem chegaram a ser abertas. Para tentar reduzir os transtornos, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Minas expediu liminar determinando que os trabalhadores mantenham 100% de funcionamento em horários de pico, mas, até a noite desta segunda-feira, metroviários e representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) ainda tentavam chegar a um acordo na sede da Justiça trabalhista.

Por causa da paralisação, iniciada à 0h, o trânsito ficou completamente congestionado em Belo Horizonte e em vias de acesso a municípios vizinhos. Isso porque, além do aumento de automóveis nas ruas, a BHTrans, responsável pelo gerenciamento do tráfego e do transporte público na capital, reforçou várias linhas de ônibus e o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) criou uma linha especial para o transporte de passageiros da Estação Eldorado, em Contagem, para o centro de Belo Horizonte. Apesar de avisos e cartazes divulgados pelos metroviários na sexta-feira (11), muitos passageiros foram pegos de surpresa e ficaram dependentes dos coletivos, que andaram lotados durante toda a manhã.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 5,74% nos salários, além de benefícios como participação nos lucros, adicional noturno de 50% e plano de saúde integral para os 800 funcionários do metrô de Belo Horizonte. Segundo a categoria, a CBTU rejeitou os pedidos e não fez nenhuma contraproposta. Em nota, porém, o órgão informou que a greve foi iniciada em meio à negociação de um acordo coletivo para todas as operadoras do sistema. “As negociações salariais transcorrem desde o inicio do ano, quando foi instalada uma mesa permanente de negociação pela direção da CBTU e as diversas bases sindicais de metroviários e ferroviários que representam seus empregados, inclusive os de Belo Horizonte”, afirma a nota.

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Foi também a CBTU que entrou com ação cautelar no TRT-MG solicitando que a Justiça determinasse uma escala mínima para o funcionamento do serviço. Ao invés da escala mínima, porém, o vice-presidente da corte, desembargador Marcus Moura Ferreira, ordenou que os trabalhadores mantenham todos os trens operando das 5 horas às 9 horas e das 17 horas às 20 horas nos dias de semana e de 5h30 às 9 horas aos sábados, caso a paralisação se prolongue. O magistrado determinou multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento.

Em assembleia na tarde desta segunda-feira, porém, os trabalhadores ligados ao Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) decidiram descumprir a determinação e propor três alternativas à Justiça: manter a greve geral, operar em escala mínima na parte da manhã ou fazer dois turnos de trabalho, de 5h30 às 7h30 e de 17h30 às 19h30. Na noite desta segunda-feira, o TRT ainda não havia se manifestado sobre a proposta.

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