Greve de professores termina em tumulto em SP
Sindicato encerra greve, mas dissidentes entraram em confronto com a PM
A assembleia realizada por professores da rede estadual de ensino de São Paulo, na tarde desta sexta-feira, para decidir sobre o futuro da greve terminou em pancadaria na Avenida Paulista. Segundo a polícia, um grupo de manifestantes não aceitou o fim da paralisação, atirou pedras contra lideranças dos grevistas e ateou fogo em faixas e papéis. Em seguida, houve conflito com policiais militares que tentaram conter as depredações. Dois manifestantes foram detidos e cinco policiais tiveram ferimentos leves.
A reunião havia sido organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp). A categoria, em greve desde o dia 22 de abril, reivindica reposição salarial de 36,74%, um terço da jornada de trabalho dedicada a atividades de formação e preparação de aulas, e a adoção de políticas públicas contra a violência nas escolas. A polícia estima que aproximadamente 2.000 pessoas participaram do ato nesta sexta.
O sindicato agendou uma reunião com a Secretaria da Estadual de Educação na próxima semana para tratar de outras reivindicações.
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