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Governo vai retirar parte da campanha ‘Gente boa também mata’

Ministério dos Transportes pediu substituição da campanha e não aparecerá mais vinculado a ela. Secom defende peças publicitárias e vídeos serão mantidos

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 jan 2017, 22h19

Após ser criticada nas redes sociais e ser alvo de um pedido de suspensão pelo deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), a polêmica campanha “Gente boa também mata” terá banners e postagens em redes sociais substituídos. Lançada no final de 2016 pela Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom), a campanha tenta mostrar que mesmo pessoas boas, que contribuem para a comunidade e que se destacam com ações solidárias, podem causar acidentes fatais no trânsito.

Diante da repercussão negativa, o Ministério dos Transportes, que aparece vinculado às peças publicitárias, havia pedido à Secom a substituição da campanha, mas não foi atendido integralmente. A partir de agora, a pedido do ministro Maurício Quintela Lessa, a assinatura da pasta deixará de aparecer nos vídeos da propaganda, que serão mantidos no ar.

“Alertamos a Secretaria de Comunicação a nossa posição, pela retirada da campanha do ar. A Secom continua defendendo a campanha e vai retirar as peças que, na visão deles, deformaram um pouco a informação que se queria passar. O que eles acertaram conosco foi primeiro a retirada da assinatura do ministério da campanha, já que não é nossa, é deles, e também a retirada das peças isoladas (banners e postagens)”, diz o ministro.

A Secom defendeu publicamente a campanha ontem, quando, por meio de nota, afirmou que “o objetivo do governo é chamar a atenção para atitudes que até mesmo pessoas comuns podem ter ao volante, sem avaliar as consequências”.

Segundo a secretaria, “o alerta que se faz é que não apenas o motorista estereotipado como ‘inconsequente’ provoca acidente”.

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“Mesmo que involuntariamente, qualquer cidadão pode causar acidentes graves e até mortes no trânsito com pequenas atitudes, como mandar um Whatsapp enquanto conduz, desviar a atenção das ruas ao trocar a música no rádio ou fazer uma ultrapassagem em locais de risco, sem visibilidade ou em trecho com faixa continua”.

A maior polêmica criada em torno das propagandas, sobretudo pela ambiguidade no texto, foi com o banner “quem resgata animais na rua pode matar”, alvo do pedido de Trípoli, que tem notória atuação na defesa dos animais.

“Conversei com o Tripoli, disse a ele que minha opinião é a mesma que a dele. Concordo com ele. A campanha claramente tem erro na forma, apesar da boa intenção de querer mostrar que uma pessoa boa pode matar no trânsito se não tomar os cuidados necessários”, diz Maurício Quintela Lessa.

Críticas

“A propaganda de vocês foi muito malfeita, desta forma trará mais atos negativos do que positivos. A empresa que a realizou e aquele que aprovou sua veiculação foram muito infelizes”, escreveu Priscilla Ghirardini Bonazzi na página do Ministério dos Transportes no Facebook.

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“Muito infeliz este vídeo”, concordou Alexandre Santos, outro dos vários usuários que deixaram críticas à campanha publicitária na página do ministério.

Houve também quem a defendesse. “Tem que haver campanha sim! E forte. Um cara bateu no meu carro porque estava conversando ao celular (várias pessoas viram), vi uma pessoa ser atropelada (o cara digitando…). Eu só queria saber como viviam essas pessoas antes da era celular?”, disse Almira Maria Cohen.

Assista a um dos vídeos da campanha:

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