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Governo tenta abrir negociação com bombeiros

Comandante geral visita presos e reune-se com representantes do movimento. Site 'antiboatos' dá explicações à opinião pública, que é simpática aos grevistas

Por Cecília Ritto
7 jun 2011, 18h32

O governo do estado do Rio de Janeiro fez hoje o primeiro movimento para romper o impasse que se instalou na negociação com os bombeiros militares, desde a invasão do Quartel General da corporação, na última sexta-feira. O comandante geral do Corpo de Bombeiros. Sérgio Simões, foi ao quartel de Jurujuba, em Niterói, onde estão presos 439 homens, e ainda nesta terça-feira terá reunião no QG dos bombeiros com três representantes do movimento. O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Paulo Melo, participará da reunião.

Em entrevista, Simões, que foi nomeado no sábado, admitiu a existência de um problema de comunicação do comando anterior com os bombeiros, que estão em campanha salarial desde abril. “Eu abri o canal para falar com a tropa, e esclarecer que o comandante geral é o representante legal da instituição. Quem fala em nome do Corpo de Bombeiros sou eu, mais ninguém”, disse.

A mudança de tom é nítida em relação à fala do governador Sérgio Cabral, que chamou os bombeiros de vândalos, irresponsáveis e bandidos. Simões fez questão de afirmar: “Sou tão bombeiro quanto os que estão na Alerj ou os 439 presos. Vi dezenas de bombeiros que trabalharam comigo em diversas situações”. E referiu-se diretamente a Cabral: “O governador está sensível, quer atender às reivindicações e me pergunta quais são.”

O comandante lembrou que o plano de recomposição salarial do governo Sérgio Cabral vai representar, ao final de oito anos, um aumento de 50% acima da inflação. Mas reconheceu que atualmente os salários “não são compatíveis”. Segundo Simões, foi oferecida aos presos a alternativa de transferência para locais mais próximos de suas famílias, mas eles preferiram permanecer juntos.

Outro movimento do governo estadual foi feito na direção da opinião pública, com o lançamento de uma “central de Informações e antiboatos” na internet sobre o movimento dos bombeiros. Construída no formato de perguntas e respostas, a central detalha a política salarial adotada pelo estado, publica a sentença da juíza que negou o habeas corpus aos presos no sábado e é, principalmente, uma tentativa de neutralizar a nítida solidariedade que a população tem manifestado ao movimento. Além de manter o atendimento básico, os bombeiros se apresentam como vítimas de uma política salarial perversa. E o apoio das famílias, que comparecem às manifestações com cartazes do tipo “meu pai é herói, não é bandido”, angaria muito mais simpatia do que o discurso inflamado de Sérgio Cabral – que desde sábado não fez mais declaração alguma sobre o assunto.

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