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Governo quer transferir mil venezuelanos de Roraima para outros Estados

Mais 120 agentes da Força Nacional vão reforçar o policiamento nas cidades de Roraima

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 22 ago 2018, 06h28 - Publicado em 22 ago 2018, 06h27

Com o objetivo de intensificar o processo de interiorização de refugiados pelo País, o governo federal quer realizar, até o final do mês, a transferência de mil venezuelanos de Roraima para outros Estados. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Ministério da Casa Civil na noite desta terça-feira, 21.

O número foi acertado pela comissão interministerial enviada ontem pelo governo a Roraima para buscar soluções para a crise deflagrada no último final de semana, quando venezuelanos foram atacados por brasileiros. A definição das cidades que receberão os migrantes na próxima semana ainda será alinhada , com o retorno da comissão a Brasília.

Até o momento, de acordo com dados da Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 820 migrantes já foram enviados para outras regiões do País desde abril. Após os conflitos recentes, a ideia do Palácio do Planalto é passar a transferir, em média, 600 por mês. Para isso, será preciso identificar junto às secretarias municipais e Organizações Não Governamentais (ONG’s) locais com capacidade para abrigar os venezuelanos.

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O governo federal autorizou, nesta terça-feira, 21, o envio de mais 120 agentes da Força Nacional de Segurança Pública para reforçar o policiamento nas cidades de Roraima onde é mais tensa a situação entre brasileiros e imigrantes venezuelanos. Após pedido do governo estadual, o Ministério da Segurança Pública autorizou o envio de mais 60 homens e mulheres que integram a força e se somarão aos 60 que viajaram a Roraima segunda-feira e aos 31 que atuam na fronteira com o país vizinho desde fevereiro deste ano.

Pressão

Após os conflitos entre brasileiros e venezuelanos, aumentou a pressão sobre o governo pelo fechamento da fronteira entre os países, no estado de Roraima. O impasse na região virou alvo de disputa política.

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Na segunda-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), sugeriu ao presidente Michel Temer o bloqueio da entrada na fronteira de forma temporária. Jucá também anunciou à imprensa que apresentará uma proposta ao Senado para estabelecer “cotas” para a entrada de migrantes no País. O senador, candidato à reeleição, aparece em terceiro lugar em pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Ibope.

De outro lado, a governadora do Estado, Suely Campos (PP), que é adversária política de Jucá, já vinha pedindo o fechamento da fronteira nas últimas semanas e protocolou na segunda-feira novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ela tem acusado o governo de omissão diante da situação no Estado. A governadora apresenta altos índices de rejeição nas pesquisas de intenção de votos.

Até o momento, o governo está resistindo às ofensivas, mas passou a considerar a possibilidade apresentada por Jucá para medir a reação da população e, só então, tomar uma decisão. Seria uma espécie de balão de ensaio, segundo uma fonte que participou das discussões.

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