Governo do Rio terá nova reunião com Dino sobre segurança no estado
Conforme anunciou ministro em suas redes sociais, encontro vai tratar do combate à lavagem de dinheiro pela criminalidade

O governo do Rio voltará a se reunir nesta segunda-feira, 30, com o ministro da Justiça, Flávio Dino, em Brasília, em meio à crise na segurança pública do estado. Os encontros têm sido recorrentes desde o anúncio do reforço na segurança fluminense, com agentes da Força Nacional em rodovias federais. Desta vez, a agenda, marcada para as 18h, será sobre o grupo que une as esferas federal e estadual contra a lavagem de dinheiro no crime organizado.
A ofensiva contra o braço financeiro do crime foi anunciada há cerca de uma semana, em coletiva no Rio com a presença do secretário-executivo do ministério, Ricardo Capelli. A intenção é descapitalizar as facções e milícias, provocando seu enfraquecimento por meio da inteligência. O anúncio do grupo, em conjunto com o governo federal, foi feito horas depois da operação que terminou com a morte de um miliciano da Zona Oeste da cidade, o que levou a uma retaliação com 35 ônibus incendiados.
Em meio a uma sucessão de episódios que têm desgastado ainda mais a condução da segurança no Rio — desde as imagens de um treinamento de criminosos no Complexo da Maré, passando pela morte dos médicos e pelos veículos incendiados —, o governador Cláudio Castro tem buscado reafirmar um combate conjunto ao crime no estado, com o Ministério da Justiça. Empossado há pouco mais de dez dias, o secretário estadual de Polícia Civil, Marcus Amim, compartilhou em suas redes sociais foto em Brasília, ainda na manhã desta segunda-feira.
Na última quinta, o secretário da Casa Civil do Rio, Nicola Miccione, já havia participado de reunião virtual com o diretor de Operações Integradas e Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Romano Costa, para discutir os próximos passos do Gabinete Integrado de Lavagem de Dinheiro. Ficou definido, na ocasião, que a secretaria de Fazenda do estado, além da pasta de Miccione, participariam também do grupo, de modo a ampliar a base de dados para rastrear irregularidades.