Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo cogitou afastar Pezão, admite Temer a rádio

Presidente afirmou que a possibilidade de tirar atual governador do Rio surgiu pouco antes do decreto de intervenção na área de segurança

Por Reuters Atualizado em 23 fev 2018, 13h36 - Publicado em 23 fev 2018, 13h20

Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira, o presidente Michel Temer declarou que, antes de ter sido decretada a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, chegou a ser discutida no governo federal a possibilidade de afastamento do governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, mas que essa medida foi rechaçada por ele.

Temer também reiterou que trata-se de uma intervenção civil, apesar de o interventor ser um general do Exército. Segundo o presidente, um possível fracasso da intervenção representará o fracasso de seu próprio governo. “Se não der certo, não deu certo o governo. Porque o comandante supremo das Forças Armadas é o presidente da República. De modo que as Forças Armadas nada mais fizeram do que obedecer ao comando do seu comandante supremo”, afirmou.

Temer também antecipou que anunciará na segunda-feira o nome do novo ministro da Segurança Pública, pasta criada pelo governo logo após o decreto de intervenção federal no Rio. Segundo ele, dez nomes estão sendo cogitados para ocupar o cargo. “Neste momento, a segurança pública é a nossa pauta prioritária”, afirmou.

”Não sou e não serei candidato à reeleição”

O presidente afirmou ainda que não será candidato à reeleição, e que o decreto de intervenção no Rio não foi uma “jogada eleitoral” voltada a aumentar seu cacife para o pleito de outubro.

“Eu não sou candidato. A minha intenção de hoje vai alongar-se pelo tempo todo. Eu não serei candidato”, disse Temer. “Eu não quero. Eu sou candidato a fazer um bom governo”, complementou.

Continua após a publicidade

Desde que assumiu o governo, Temer tem afirmado que não disputará as eleições presidenciais de outubro, mas que o governo terá um candidato para defender o seu legado. Segundo o presidente, a decisão sobre quem será esse candidato será tomada no fim de maio ou início de junho.

Auxiliares próximos do presidente, no entanto, têm cogitado a hipótese de o próprio Temer ser candidato, apesar da baixa popularidade e das intenções de voto em torno de apenas 1 por cento na pesquisas. O cálculo é que Temer passaria a ser viável como candidato se sua popularidade chegar a 15% e sua rejeição cair a 60%, dos atuais 70%, até abril.

As conversas sobre uma possível candidatura de Temer ganharam ainda mais fôlego após a decretação da intervenção, que enterrou a impopular discussão sobre a reforma da Previdência e colocou o combate à violência no topo da agenda do governo.

Continua após a publicidade

Temer garantiu, no entanto, que a medida não teve qualquer motivação política. “É uma jogada de mestre, mas não é eleitoral. Você sabe que não tem nada de eleitoral nessa questão”, disse, quando questionado se a intervenção seria uma “jogada eleitoral de mestre”.

Apesar da negativa de Temer, o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, defendeu, em entrevista a VEJA, divulgada nesta sexta-feira, como “necessária” uma candidatura de Temer. “Ele continua a dizer que não quer, mas o fato é que, como não aprovamos a reforma da Previdência, o nosso trabalho ficou incompleto”, disse o ministro, que na quinta-feira já havia afirmado que Temer não é candidato “nesse momento” porque não quer.

 

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.