No dia em que o estado registrou o 100º ataque criminoso do ano, autoridades estaduais e municipais tentam convencer motoristas do transporte público a trabalhar durante a noite; Força Nacional de Segurança é aguardada
Por Gabriel Castro, de Florianópolis
15 fev 2013, 13h54
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1/22 Suspeitos presos neste sábado (16), em Santa Catarina (Petra Mafalda/Mafalda Press/Folhapress/VEJA)
2/22 Armas apreendidas pelo DEIC junto com os suspeitos neste sábado (16), em Santa Catarina (Petra Mafalda/Mafalda Press/Folhapress/VEJA)
3/22 Integrantes do Primeiro Grupo da Capital (PGC) são transferidos e levados para penitenciárias federais de outros estados (Cristiano Estrela/Ag. RBS/Folhapress/VEJA)
4/22 Integrantes do Primeiro Grupo da Capital (PGC) são transferidos e levados para penitenciárias federais de outros estados (Cristiano Estrela / RBS/VEJA)
5/22 Carro da Força Nacional em frente à Base Aérea de Florianópolis (Guto Kuerten/Agência RBS/VEJA)
6/22 Tropas da Força Nacional embarcam em Brasília no avião da Força Aérea Brasileira, rumo a Florianópolis (Sargento Neri/Reprodução Twitter/VEJA)
7/22 Carro incendiado por um homem que passava de bicicleta na rua Enedina DAvila Ferreira, em Itajaí, Santa Catarina (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
8/22 O governador de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, se reúne com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo em Brasília para negociar transferência de presos e liberação de recursos (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/VEJA)
9/22 O governador de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, se reúne com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo em Brasília para negociar transferência de presos e liberação de recursos (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/VEJA)
10/22 Ônibus saem do Terminal Central de Florianópolis com escolta policial após onda de violência em várias cidades de Santa Catarina (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
11/22 Ônibus sai do Terminal Central de Florianópolis (Ticen) com escolta policial após onda de violência em várias cidades de Santa Catarina (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
12/22 Três ônibus utilizados para transporte de estudantes foram incendiados na madrugada da terça-feira (5) no pátio da prefeitura da cidade de Itajaí (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
13/22 Três ônibus utilizados para transporte de estudantes foram incendiados na madrugada da terça-feira (5) no pátio da prefeitura da cidade de Itajaí (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
14/22 Galpão incendiado em Itajaí, Santa Catarina (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
15/22 Três ônibus utilizados para transporte de estudantes foram incendiados na madrugada da terça-feira (5) no pátio da prefeitura da cidade de Itajaí (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
16/22 Ônibus incendiado em Joinville na madrugada do dia 2, em Santa Catarina (Carlos Junior/Folhapress/VEJA)
17/22 Bandidos atearam fogo em um ônibus urbano, em Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis (Cristiano Estrela/Ag. RBS/Folhapress/VEJA)
18/22 Base da Guarda Municipal vira alvo de tiros em Balneário Camboriú, Santa Catarina (Agência RBS/VEJA)
19/22 Bombeiros controlam incêndio em ônibus, em Florianópolis (Cristiano Estrela/Agencia RBS/VEJA)
20/22 Motorista de ônibus ferido durante ataque é socorrido em Florianópolis (Agência RBS/VEJA)
21/22 Novos ataques atingiram ônibus no bairro dos Ingleses, em Florianópolis. Três menores ordenaram que todos descessem do veículo e atearam fogo (Cadu Rolim/Fotoarena/VEJA)
22/22 Três homens detidos como suspeitos de terem praticado contra ônibus, em Florianópolis (Agência RBS/VEJA)
O governo catarinense e a prefeitura de Florianópolis vão reforçar a escolta nas linhas de ônibus da região metropolitana da cidade para evitar novos ataques criminosos aos coletivos, em uma tentativa de aplacar o clima de insegurança na região.
Após dezenas de ataques a ônibus, o sindicato que representa os motoristas de coletivos decidiu que, a partir desta sexta-feira, as linhas só circulariam das 7h às 19h. O governo estadual discordou: queria que o serviço fosse mantido até as 23h. Mas saiu derrotado.
Agora, governo e prefeitura anunciaram um reforço no serviço de escolta aos ônibus durante a noite: o número de equipes fazendo esse trabalho passará de 40 para 80. O número adicional virá de policiais de outras regiões do estado que já estavam na capital para participar da Operação Veraneio.
Nesta sexta, os motoristas de ônibus começaram a trabalhar às 7h – uma hora após o horário normal. “O que aconteceu foi uma violência contra a população. Não iremos permitir que um sindicato mande na cidade”, disse nesta sexta-feira o prefeito de Florianópolis, César Souza Júnior, que cogita ir à Justiça para garantir a circulação das linhas no horário tradicional, das 6h às 23h.
Após o anúncio de reforço na escolta, o sindicato que representa as empresas de ônibus aceitou a proposta do governo. Ainda assim, muitos trabalhadores se recusam a cumprir o horário estabelecido pelo Executivo. Os empresários tentam recorrer a motoristas e cobradores aposentados ou de férias para manter o efetivo.
Força Nacional – Também é aguardada para as próximas horas a chegada de homens da Força Nacional de Segurança a Santa Catarina. O reforço no patrulhamento das principais cidades do estado foi solicitado pelo governador Raimundo Colombo ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que esteve em Florianópolis nesta semana para tratar do assunto.
Na madrugada desta sexta-feira, foram registrados mais dois ataques no estado. Em Laguna, no litoral sul, dois homens atiraram um coquetel molotov contra um caminhão estacionado, mas o explosivo falhou. Em Içara, na mesma região, bandidos atearam fogo em um carro depois de renderem um casal que estava no veículo. Ninguém se feriu. Nos dois casos, a polícia não conseguiu prender os criminosos.
Os crimes são atribuídos a uma organização criminosa do estado, o Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Gravações telefônicas obtidas pela polícia mostram presidiários ordenando ataques como reação às condições das cadeias estaduais. Detentos ligados à facção criminosa deverão ser transferidos para presídios federais nos próximos dias.