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Governador do Rio se reunirá com candidatos para decidir novo chefe do MP

Claudio Castro quer conversar com mais votados da lista tríplice antes de escolher Procurador-Geral de Justiça, responsável por casos como o da 'rachadinha'

Por Cássio Bruno, Sofia Cerqueira Atualizado em 12 mar 2021, 01h01 - Publicado em 14 dez 2020, 19h34

O governador em exercício do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PSC), afirmou nesta segunda-feira, 14, que vai se reunir com os três candidatos mais votados para Procurador-Geral de Justiça antes de escolher um nome. Castro se reunirá, a partir de 4 de janeiro, em separado, com cada um dos postulantes para assumir o comando do Ministério Público estadual no lugar do atual ocupante do cargo, Eduardo Gussem. O órgão é responsável por investigações de repercussão. Entre elas, o caso da denúncia do esquema da “rachadinha” envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a apuração dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes.

Na última sexta-feira, o promotor Luciano Mattos recebeu 546 votos (31,92%). Em segundo lugar, ficou a procuradora Leila Machado Costa, com 501 (29,29%), seguida por Virgilio Panagiotis Stavridis, com 427 votos (24,97%). Pela Constituição Estadual, o novo chefe do MP-RJ deve ser nomeado a partir de uma lista tríplice. No entanto, Cláudio Castro, aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda não confirmou se escolherá ou não o primeiro colocado. O mandato é de dois anos.

“Vou receber a lista (tríplice) em 4 de janeiro, primeiro dia útil do ano, e decidirei. Minha tendência hoje é chamar os três para conversar, separadamente. A partir desta data, ainda tenho mais quinze dias para escolher. Tem questões do estado que me interessam muito, como (saber se o candidato) é ou não a favor da privatização da Cedae e do Regime de Recuperação Fiscal. Quero entender como será a parceria entre governo e Ministério Público para que as pautas de desenvolvimento aconteçam. Tem muita coisa para ser debatida e quero saber o que eles pensam”, disse Claudio Castro a VEJA.

Antes da votação, promotores e procuradores estavam incomodados com a possibilidade de o governador não seguir a tradição, principalmente se o bolsonarista Marcelo Rocha Monteiro, procurador de Justiça, estivesse entre os mais votados. Ele chegou apenas em quarto lugar, com 143 votos (8,36%). Em suas redes sociais, Monteiro aparece em fotos com Flávio Bolsonaro, filho mais velho do clã.

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Flávio Bolsonaro foi apontado pelo MP-RJ como líder de uma quadrilha que desviava parte dos salários dos funcionários de seu gabinete quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, que está em prisão domiciliar, foi acusado de ser o operador. A mãe e a ex-mulher do miliciano Adriano da Nóbrega, o capitão Adriano, morto em fevereiro, estavam nomeadas e participaram da fraude, segundo o MP-RJ.

O outro filho de Jair Bolsonaro, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) também é alvo do Ministério Público fluminense. Ele é suspeito de nomear funcionários fantasmas em seu gabinete na Câmara Municipal. Flávio e Carlos sempre negaram irregularidades. Nos bastidores, Marcelo Rocha Monteiro teve o apoio dos Bolsonaro.

Os três mais votados foram:

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LUCIANO MATTOS: faz parte do MP-RJ desde 1995. Está lotado na Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Meio Ambiente do Núcleo Niterói. Ele teve o apoio do ex-procurador-geral Marfan Martins Vieira.

LEILA MACHADO COSTA: foi a única mulher inscrita. Com 31 anos de carreira, ela chefiou a área de Planejamento Institucional e participou da lista tríplice, em 2012. Atualmente, trabalha na 3ª Procuradoria de Justiça da Infância e da Juventude Infracional.

VIRGÍLIO PANAGIOTIS STAVRIDIS: É chefe de gabinete de Eduardo Gussem, que o apoia, e ligado ao ex-procurador-geral Marfan Martins Vieira. Está no MP-RJ desde 1993. Atualmente, é lotado na 9ª Promotoria de Justiça de Fazenda Pública da Pública da Capital.

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