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Garotinho se lança candidato ao governo do Rio

Em convenção do PR, deputado federal afirma ter sido procurado por Pezão, que teria oferecido apoio ao PR. Vice-governador nega

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
25 jan 2014, 20h37

Em clima de campanha, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) confirmou neste sábado, diante de cerca de 7.000 militantes, segundo contagem do partido, que será candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro em 2014. Em convenção na Via Show, casa de festas em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Garotinho distribuiu material de campanha e fez ataques ao governador Sérgio Cabral (PMDB) e ao vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), também pré-candidato ao Palácio Guanabara.

Pezão também foi alvo de uma história que Garotinho, ex-governador do estado (1999-2001) e marido da ex-governadora Rosinha (2003-2006), apresentou em tom de “denúncia”. Nos últimos dias, ele prometia fazer uma importante revelação na convenção do partido. O dado prometido é, em resumo, a seguinte história: Garotinho contou que foi procurado por Pezão, e o vice-governador teria avisado que o apoiaria, caso não se confirme sua candidatura ao governo do Rio pelo PMDB. O apoio teria sido oferecido, segundo ele, em reunião do vice-governador com o deputado federal Paulo Feijó (PR) em meados de dezembro no Palácio Guanabara. Procurado, Pezão negou a história. No momento, o embate em torno da confirmação da candidatura de Pezão existe, mas por outro motivo: a batalha entre PMDB e PT, diante da tentativa dos petistas de obter o apoio do partido à candidatura do senador Lindbergh Farias.

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“É ingenuidade ele achar que eu iria apoiá-lo”, disse Garotinho a jornalistas, para divulgar a história.

Empolgado, o ex-governador discursou aos correligionários e afirmou que está confiante na vitória na eleição deste ano. Em plena campanha, afirmou que sua candidatura já conta com o apoio do PT do B e do Pros. Discursaram a favor da candidatura, durante a convenção, a deputada Liliam Sá (Pros), o deputado estadual Marco Figueiredo, vice-presidente nacional do Pros, e o presidente do diretório fluminense do PT do B, Vinicius Cordeiro.

A casa de festas foi destino de mais de 40 ônibus lotados de cabos eleitorais, vereadores, prefeitos e deputados com base no interior do estado. Pelos alto-falantes, também foi convocada a filiação de quem estava presente. Na convenção, também foi anunciada a eleição do novo diretório regional fluminense, presidido por Garotinho, com 6.983 votos a favor e 35 contra, de acordo com a contagem divulgada pela assessoria do ex-governador. O diretório regional fluminense vinha funcionando com uma comissão provisória, nomeada pelo diretório nacional e presidida pelo próprio Garotinho, porque ainda não tinha diretório eleito.

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O programa de governo também foi anunciado. Garotinho prometeu anular a concessão do estádio do Maracanã ao consórcio formado por Odebrecht, Eike Batista e AEG. Também anunciou planos de contratar uma auditoria para analisar concessões renovadas por Cabral como metrô e trens. E, para atacar recente medida do governador de dar desconto de 50% para o IPVA dos ônibus, Garotinho prometeu reduzir o imposto de 4% para 2% do valor do veículo e transformar as vistorias anuais do Detran-RJ em inspeções de dois em dois anos.

O pré-candidato do PR ao governo do Rio também reagiu com ironia à acusação de campanha antecipada feita pelo Ministério Público Eleitoral na sexta-feira. Foi a oitava ação movida pela procuradoria. A motivação desta última foi a distribuição de kits com livro de mensagens, camisa, carteirinha com foto de Garotinho e uma carta de boas-vindas assinada pelo deputado. O procurador regional eleitoral Maurício Ribeiro pediu que Garotinho seja proibido de distribuir kits, cadastrar fiéis para receber brindes e divulgar a iniciativa. Também requisitou que o candidato seja condenado a pagar multa de até 25.000,00 reais. “Desafio o procurador a mostrar qualquer conotação político-partidária no material”, disse.

Ao fim da convenção, Garotinho deu, como material de campanha, milhares de revistas com conteúdo publicitário para rememorar e elogiar realizações de seu governo e da gestão de Rosinha.

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