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Funcionários da Cedae denunciam más condições de trabalho em vídeo

Nas imagens é possível ver um trabalhador caído no chão da Estação de Tratamento de Água. Em nota, estatal informa que o carvão ativado não faz mal à saúde

Por Jana Sampaio Atualizado em 28 jan 2020, 14h24 - Publicado em 28 jan 2020, 13h36

Cerca de dez funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro aparecem em um vídeo denunciando as condições de trabalho na Estação de Tratamento de Água de Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. No vídeo, divulgado nas redes sociais, um dos trabalhadores, sujo de carvão, mostra um colega que estaria passando mal deitado no chão. “Estamos trabalhando assim, em lugar fechado e com carvão na nossa cara. O irmão passou mal e ninguém veio socorrer”, afirmou o funcionário.

Procurada, a Cedae informou que os trabalhadores envolvidos na aplicação do carvão ativado têm treinamento para operar o sistema e utilizam equipamento de proteção individual. A nota afirmou ainda que o trabalhador que aparece na imagem deitado no chão não estava se sentindo bem antes do expediente, mas não chegou a relatar o fato. Segundo a estatal, ele sentiu-se mal depois de realizar atividade de esforço e, ao contrário do que diz o vídeo, recebeu todo o suporte da companhia.

“Devido à quantidade de carvão ativado necessária para atender à vazão da ETA Guandu, não havia no mercado brasileiro empresa que pudesse fornecer a pronta entrega todo o volume em sacos e, por isso, parte da carga precisou ser descarregada por empilhadeira com suporte manual. A partir desta semana a operação será 100% automatizada”, explicou a nota.

Assista ao vídeo:

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Especialista em tratamento de água, Rosane Cristina de Andrade disse que o carvão utilizado pela Cedae é vegetal e não há registros na literatura de que possa causar algum mal à saúde de quem o manipula. “A forma que o carvão está sendo aplicado exige o uso de óculos e máscara de proteção. Caso contrário pode causar irritação nos olhos e respiratória por causa do pó, mas não desmaios”, afirmou Rosane. Segundo a professora de UERJ, o fato de o equipamento estar sendo utilizado pela primeira vez por esses trabalhadores pode ter gerado um receio desnecessário, uma vez que o produto é utilizado em outras estações de tratamento de água.

O carvão ativado começou a ser usado na Estação de Tratamento de Água de Guandu no dia 24 de janeiro. O equipamento é considerado o único capaz de minimizar o gosto e o odor que oscila entre terra e areia da água, causado pela geosmina, uma bactéria presente em ambientes altamente contaminados.

Entenda a crise de água

Desde os primeiros dias do ano, moradores de 71 bairros do Rio e de 6 municípios denunciam que recebem água com gosto e cheiro de terra. Em meio à crise de abastecimento de água, o Procon Estadual notificou treze estabelecimentos comerciais após verificar aumento de até 42% no preço do galão de água mineral. 

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