Depois de serem liberados por suas empresas para trabalhar em casa via internet, uma parcela dos profissionais brasileiros está agora voltando ao escritório. A novidade é que são escritórios compartilhados com outras pessoas ¿ mas fora das empresas. Conforme mostra uma reportagem da presente edição de VEJA, cerca de 10% dos 4 milhões de brasileiros que passaram a cumprir parte do expediente em casa nos últimos dez anos estão agora alugando salas em espaços povoados por centenas de outros trabalhadores ¿ vizinhos, mas não colegas.
O modelo de escritórios compartilhados, nos quais atuam pessoas das mais diversas empresas e áreas, popularizou-se nos Estados Unidos de três anos para cá, quando firmas especializadas no aluguel de salas comerciais perceberam estar diante de um novo fenômeno. Pessoas que haviam conquistado o direito de trabalhar em casa começavam a se queixar do isolamento e de certa falta de infra-estrutura. Em pesquisas, esses profissionais diziam sentir saudade da secretária e da velha sala de reuniões (“tratar de negócios em casa nunca deu certo”). Mas não queriam voltar à vigilância dos chefes.
Os novos escritórios suprem tais demandas ¿ e têm se revelado ainda ambientes favoráveis à produtividade tão almejada pelas empresas. Por conta disso, algumas delas, as mesmas que haviam liberado seus funcionários para trabalhar em casa, patrocinam sua estada nas salas compartilhadas.
Existem quase 1.000 escritórios do gênero nos Estados Unidos. No Brasil, não passam de uma centena ¿ mas o modelo tende a se popularizar por duas razões. Primeiro, muitas empresas começam a incentivar a permanência em tais estruturas, a exemplo do que fez o Google, nos Estados Unidos. O segundo motivo é uma particularidade brasileira: o número de pessoas que trabalham por conta própria aumenta. Só nos últimos cinco anos, cresceu 22%.
Conheça essa nova fórmula adotada pelo mundo empresarial na íntegra da reportagem (exclusiva para assinantes).