Papa encerra sua primeira viagem internacional fazendo do Brasil um altar de onde cobra mais proximidade dos sacerdotes com os cristãos do mundo todo. Aos jovens, deixa um pedido para viver a fé com alegria e coragem
Por João Marcello Erthal, Carolina Farina e Cecília Ritto
28 jul 2013, 20h23
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1/144 O Papa Francisco desembarca nesta segunda-feira (29) no aeroporto Ciampino, em Roma (Alessandro Bianchi/Reuters/VEJA)
2/144 Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
3/144 Papa é ovacionado por voluntários no Riocentro (Clayton de Souza/Estadão Conteúdo/VEJA)
4/144 Papa Francisco celebra missa na praia de Copacaba, em 28/07/2013 (AFP/VEJA)
5/144 Último dia da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Heitor Feitosa/VEJA)
6/144 Papa Francisco celebra a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude na praia de Copacabana (Heitor Feitosa/VEJA)
7/144 Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e Evo Morales no último dia da JMJ (AFP/VEJA)
8/144 Último dia da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Heitor Feitosa/VEJA)
9/144 Dilma Roussef e Cristina Kirchner participam da missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude celebrada pelo papa Francisco na praia de Copacabana (Heitor Feitosa/VEJA)
10/144 Papa Francisco celebra a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude na praia de Copacabana (Heitor Feitosa/VEJA)
11/144 Peregrinos lotam praia de Copacabana no último dia da Jornadana Mundial da Juventude, em 28/07/2013 (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)
12/144 Fiéis lotam praia de Copacabana durante a JMJ 2013 (Reuters/VEJA)
13/144 Papa Francisco celebra missa em Copacabana no último dia da JMJ 2013 (Reuters/VEJA)
14/144 Movimentação no último dia da JMJ 2013, no Rio de Janeiro (Reuteres/VEJA)
15/144 Papa Francisco celebra missa na praia de Copacaba, em 28/07/2013 (AFP/VEJA)
16/144 Último dia da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Heitor Feitosa/VEJA)
17/144 Peregrinos no último dia da JMJ em Copacabana, em 28/07/2013 (AFP/VEJA)
18/144 Papa Francisco acena para fiéis no Rio de Janeiro, em 28/07/2013 (Reuters/VEJA)
19/144 Papa Francisco cumprimenta fiéis em Copacabana, no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
20/144 Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
21/144 Francisco foi recebido por 3 milhões de pessoas em Copacabana neste sábado, segundo a organização da JMJ (Maria Luiza Mesquita/Agência O Dia/VEJA)
22/144 Papa Francisco durante cerimônia na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Evaristo Sá/AFP/VEJA)
23/144 Papa Francisco abençoa os peregrinos durante a vigília na praia de Copacabana (Heitor Feitosa/VEJA)
24/144 Multidão recebe papa Francisco em Copacabana, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
25/144 Multidão com bandeira do papa Francisco durante a JMJ 2013 (AFP/VEJA)
26/144 Papa Francisco na praia de Copacabana, em 27/07/2013 (Gabriela Batista/VEJA)
27/144 Papa Francisco durante a JMJ 2013 (AFP/VEJA)
28/144 Papa Francisco na praia de Copacabana, em 27/07/2013 (EFE/VEJA)
29/144 Papa Francisco na praia de Copacabana, em 27/07/2013 (Gabriela Batista/VEJA)
30/144 Papa Francisco na praia de Copacabana, em 27/07/2013 (Gabriela Batista/VEJA)
31/144 Papa Francisco no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
32/144 Papa Francisco no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
33/144 Papa Francisco cumprimenta fiéis na saída da Catedral de São Sebastião, em 27/07/2013 (Evaristo Sá/AFP/VEJA)
34/144 Papa Francisco celebra missa na Catedral de São Sebastião durante a Jornada Mundial da Juventude, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
35/144 Papa Francisco celebra missa na Catedral de São Sebastião durante a Jornada Mundial da Juventude, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
36/144 Papa Francisco celebra missa na Catedral de São Sebastião durante a Jornada Mundial da Juventude, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
37/144 Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
38/144 Papa Francisco na Catedral de São Sebastião, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
39/144 Papa Francisco celebra missa na Catedral de São Sebastião durante a Jornada Mundial da Juventude, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
40/144 Papa Francisco na Catedral de São Sebastião durante a Jornada Mundial da Juventude, em 27/07/2013 (AFP/VEJA)
41/144 Papa Francisco discursa em Copacabana, em 26/07/2013 (Gabriel Bouys/AFP/VEJA)
42/144 Papa Francisco assiste à encenação da Via Sacra, em 26/07/2013 (Heitor Feitosa/VEJA)
43/144 Papa Francisco assiste à encenação da Via Sacra, em 26/07/2013 (Fernando Bizerra Jr/EFE/VEJA)
44/144 Papa Francisco assiste à encenação da Via Sacra, em 26/07/2013 (Sergio Moraes/Reuters/VEJA)
45/144 Papa Francisco no palco em Copacabana onde acontecerá a encenação da morte de Jesus Cristo, a Via Sacra (Sergio Moraes/Reuters/VEJA)
46/144 Papa acena para fiéis durante passagem por Copacabana (Nelson Almeida/AFP/VEJA)
47/144 Papa Francisco acena para fiéis na praia de Copacabana, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), 26/07/2013 (Evaristo Sa/AFP/VEJA)
48/144 Papa Francisco fala para o público no Palácio São Joaquim, no Rio de Janeiro, em 26/07/2013 (Gabriel Bouys/AFP/VEJA)
49/144 Papa Francisco fala para o público no Palácio São Joaquim, no Rio de Janeiro, em 26/07/2013 (Gabriel Bouys/AFP/VEJA)
50/144 Papa Francisco fala para o público no Palácio São Joaquim, no Rio de Janeiro (Gabriel Bouys/AFP/VEJA)
51/144 Papa Francisco beija crianças durante trajeto até o Palácio São Joaquim (David Fernandez/EFE/VEJA)
52/144 O papa Francisco durante o trajeto para palácio episcopal São Joaquim, na Glória (Yasuyoshi Chiba/AFP/VEJA)
53/144 O papa Francisco durante o trajeto para palácio episcopal São Joaquim, na Glória (Gabriel Bouys/AFP/VEJA)
54/144 Papa Francisco beija crianças durante trajeto até o Palácio São Joaquim (David Fernandez/EFE/VEJA)
55/144 O papa Francisco durante o trajeto para palácio episcopal São Joaquim, na Glória (David Fernandez/EFE/VEJA)
56/144 O papa Francisco durante o trajeto para palácio episcopal São Joaquim, na Glória (Marco Aurélio Canônico/Folhapress/VEJA)
57/144 O papa Francisco durante o trajeto para palácio episcopal São Joaquim, na Glória (David Fernandez/EFE/VEJA)
58/144 Papa Francisco no palco, enquanto presidia o Dia Mundial da Juventude da Igreja Católica na praia de Copacabana, (Luca Zennaro/AFP/VEJA)
59/144 Papa Francisco no palco, enquanto presidia o Dia Mundial da Juventude da Igreja Católica na praia de Copacabana, (Antonio Lacerda/EFE/VEJA)
60/144 Papa Francisco senta no palco enquanto presidia o Dia Mundial da Juventude da Igreja Católica na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters/VEJA)
61/144 Papa Francisco senta no palco enquanto presidia o Dia Mundial da Juventude da Igreja Católica na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (Sergio Moraes/Reuters/VEJA)
62/144 Papa acena para fiéis durante passagem por Copacabana (Heitor Feitosa/VEJA)
63/144 Papa acena para fiéis durante passagem por Copacabana (Heitor Feitosa/VEJA)
64/144 Papa cumprimenta os fiéis em Copacabana (Gabriela Batista/VEJA)
65/144 Papa cumprimenta os fiéis em Copacabana (Gabriela Batista/VEJA)
66/144 Papa cumprimenta os fiéis em Copacabana (Pilar Olivares/Reuters/VEJA)
67/144 Papa cumprimenta os fiéis em Copacabana (Lucas Landau/Reuters/VEJA)
68/144 Milhares de jovens se reúnem em Copacabana icônico do Rio de Janeiro à beira-mar no Dia Mundial da Juventude (Christophe Simon/AFP/VEJA)
69/144 Papa Francisco com a bandeira da Argentina na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro (Stefano Rellandini/Reuters/VEJA)
70/144 Papa Francisco celebra missa na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, em 25/07/2013 (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)
71/144 Papa Francisco celebra missa durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Nelson Almeida/AFP/VEJA)
72/144 Fiéis com a bandeira da Argentina durante missa na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, em 25/07/2013 (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)
73/144 O papa Francisco abençoa o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt no Palácio do Governo do Rio de Janeiro (Beth Santos/Divulgação/VEJA)
74/144 Multidão na favela Varginha durante visita do papa Francisco (Yasuyoshi Chiba/AFP/VEJA)
75/144 Fiéis durante visita do papa Francisco na favela Varginha, no Rio de Janeiro (Gabriel Bouys/AFP/VEJA)
76/144 Papa Francisco na favela Varginha durante a Jornada Mundial da Juventude 2013 (AFP/VEJA)
77/144 Papa Francisco cumprimenta criança na favela Varginha, no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters/VEJA)
78/144 Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude 2013 (Heitor Feitosa/VEJA)
79/144 Papa Francisco recebe camisa olímpica no Palácio do Guanabara, no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
80/144 A jogadora Fabi foi abençoada pelo papa Francisco, em 25/07/2013 (Heitor Feitosa/VEJA)
81/144 A jogadora Fabi foi abençoada pelo papa Francisco (Heitor Feitosa/VEJA)
82/144 Papa Francisco recebe a chave da cidade do Rio de Janeiro (AFP/VEJA)
83/144 Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude 2013 (Heitor Feitosa/VEJA)
84/144 Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (EFE/VEJA)
85/144 Zico entrega camisa do Flamengo para o Papa Francisco (EFE/VEJA)
86/144 Papa Francisco abençoa a bandeira dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro (AFP/VEJA)
87/144 Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude 2013, em 25/07/2013 (Heitor Feitosa/VEJA)
88/144 Parreira na sede da Prefeitura do Rio de Janeiro durante a visita do papa Francisco (Heitor Feitosa/VEJA)
89/144 Policiais na sede da Prefeitura do Rio de Janeiro durante a visita do papa Francisco (Heitor Feitosa/VEJA)
90/144 Zico, na sede da Prefeitura do Rio de Janeiro (Heitor Feitosa/VEJA)
91/144 A jogadora de vôlei, Fabiana, antes do encontro com o papa Francisco na sede da Prefeitura do Rio de Janeiro (Heitor Feitosa/VEJA)
92/144 Policiais na sede da Prefeitura do Rio de Janeiro durante a visita do papa Francisco (Heitor Feitosa/VEJA)
93/144 Fabi, da seleção feminina de vôlei, antes do encontro com o papa Francisco no Rio de Janeiro (Heitor Feitosa/VEJA)
94/144 As jogadoras de vôlei, Fabi e Fabiana, antes do encontro com o papa Francisco no Rio de Janeiro (Heitor Feitosa/VEJA)
95/144 Policiais na sede da Prefeitura do Rio de Janeiro durante a visita do papa Francisco (Heitor Feitosa/VEJA)
96/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Bruno Turano/Eleven/Folhapress/VEJA)
97/144 O papa Francisco beija um bebê ao passar de papa-móvel pelas ruas do centro da cidade do Rio, nesta segunda-feira (22) (Felipe Dana/AP/VEJA)
98/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Mario Tama/Getty Images/VEJA)
99/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Fernando Cavalcanti/VEJA)
100/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Fernando Cavalcanti/VEJA)
101/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Fernando Cavalcanti/VEJA)
102/144 Papa Francisco no papamóvel durante desfile no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters/VEJA)
103/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Alexandro Auler/LatinContent/Getty Images/VEJA)
104/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Buda Mendes/Getty Images/VEJA)
105/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Fernando Cavalcanti/VEJA)
106/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Fernando Cavalcanti/VEJA)
107/144 Francisco se encontra com a presidente Dilma e autoridades no Palácio da Guanabara, nesta segunda-feira (22) (Antonio Lacerda/EFE/VEJA)
108/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Silvia Izquierdo/AP/VEJA)
109/144 Papa é recebido pela presidente Dilma Rousseff e pelo prefeito Eduardo Paes no Palácio da Guanabara, nesta segunda-feira (22) (Vanderlei Almeida/AFP/VEJA)
110/144 Francisco se encontra com a presidente Dilma e autoridades no Palácio da Guanabara, nesta segunda-feira (22) (Antonio Lacerda/EFE/VEJA)
111/144 O papa Francisco beija uma criança ao passar de papa-móvel pelas ruas do centro da cidade do Rio, nesta segunda-feira (22) (Buda Mendes/Getty Images/VEJA)
112/144 Papa é recebido pela presidente Dilma Rousseff e pelo prefeito Eduardo Paes no Palácio da Guanabara, nesta segunda-feira (22) (Beth Santos/Divulgação/VEJA)
113/144 Francisco se encontra com a presidente Dilma e autoridades no Palácio da Guanabara, nesta segunda-feira (22) (Antonio Lacerda/EFE/VEJA)
114/144 Francisco se encontra com a presidente Dilma e autoridades no Palácio da Guanabara, nesta segunda-feira (22) (Vanderlei Almeida/AFP/VEJA)
115/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (AFP/VEJA)
116/144 Francisco se encontra com a presidente Dilma e autoridades no Palácio da Guanabara, nesta segunda-feira (22) (Antonio Lacerda/EFE/VEJA)
117/144 Tumulto na chegada do papa Francisco no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
118/144 Tumulto na chegada do papa Francisco no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
119/144 Papa Francisco recebe camisa do Fluminense (Divulgação/VEJA)
120/144 Papa Francisco no papamóvel durante desfile no Rio de Janeiro (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)
121/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (AFP/VEJA)
122/144 Papa Francisco recebe uma bandeira do Brasil a bordo do voo papal para o Rio de Janeiro, para participar da Jornada Mundial da Juventude (LUCA ZENNARO/POOL/AFP/VEJA)
123/144 Papa Francisco no papamóvel durante desfile no Rio de Janeiro (AFP/VEJA)
124/144 Desfile do papa Francisco no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
125/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (AFP/VEJA)
126/144 Tumulto na chegada do papa Francisco no Rio de Janeiro (Néstor J. Beremblum/Brazil Photo Press/Folhapress/VEJA)
127/144 Papa Francisno após desembarcar no Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude 2013 (EFE/VEJA)
128/144 Papa Francisco acena para fiéis durante visita ao Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters/VEJA)
129/144 Papa Francisco com a presidente Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
130/144 Papa Francisco com a presidente Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro (Roberto Stuckert Filho/PR/VEJA)
131/144 Papa Francisco desembarca no Rio de Janeiro (AFP/VEJA)
132/144 Papa Francisco ao desembarcar no Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude (AP/VEJA)
133/144 Papa Francisco desembarca no Rio Janeiro (Reuters/VEJA)
134/144 Avião com as bandeiras do Brasil e do Vaticano pousa no Rio de Janeiro (EFE/VEJA)
135/144 Papa Francisco durante coletiva de imprensa antes de desembarcar no Rio de Janeiro (Reuters/VEJA)
136/144 Papa Francisco fala com jornalistas antes de desembarcar no Rio de Janeiro (AFP/VEJA)
137/144 Papa Francisco durante coletiva de imprensa dentro do avião (AP/VEJA)
138/144 Avião com o papa Francisco pousa no Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude 2013 (EFE/VEJA)
139/144 Papa Francisco embarca num avião no aeroporto de Roma, para a sua primeira viagem ao exterior, para o Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude (Alberto Pizzoli/AFP/VEJA)
140/144 Papa Francisco gesticula com premiê italiano, Enrico Letta, antes de embarcar em um avião nesta segunda-feira (22) para o Brasil, em sua primeira viagem ao exterior. Ele vai participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Giampiero Sposito/Reuters/VEJA)
141/144 Papa Francisco aperta a mão do premiê italiano, Enrico Letta, antes de embarcar em um avião nesta segunda-feira (22) para o Brasil, em sua primeira viagem ao exterior. Ele vai participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Osservatore Romano/AFP/VEJA)
142/144(Alberto Pizzoli/AFP/AFP)
143/144 No aeroporto de Roma, papa Francisco se prepara para embarcar rumo ao Rio (Alberto Pizzoli/AFP/VEJA)
144/144 Papa Francisco carrega sua bolsa ao embarcar em um avião nesta segunda-feira (22) para o Brasil, em sua primeira viagem ao exterior. Ele vai participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro (Giampiero Sposito/Reuters/VEJA)
“Simplesmente cada papa dá [à Igreja] a cor que considera a melhor. Cada um tem sua preferência e tem direito de ser diferente. É muito bom que cada papa seja diferente e que não repitam. Afinal, o filme se gasta. Agora, temos novo filme”, diz Jesus Hortal.
No sexto dia de uma semana de mensagens dirigidas aos jovens, aos políticos, aos sacerdotes, aos usuários de drogas e até aos manifestantes, Francisco dissolveu, diante de uma multidão estimada em 3 milhões de pessoas, acampada entre o Atlântico e os prédios de Copacabana, os vestígios de dúvida sobre os caminhos que traça para a Igreja Católica. O mar de fiéis festejava o início da vigília na 28ª Jornada Mundial da Juventude, numa faixa de areia castigada pelo vento constante de uma noite atipicamente gélida no Rio de Janeiro. Jorge Mario Bergoglio citou São Francisco de Assis diante do crucifixo. “Francisco, vai e repara minha casa”, lembrou o papa, citando palavras de Jesus ao jovem que se tornou frei. A voz, agora, é dele, Francisco, e quem ouve é uma massa que embaralha nacionalidades e classes sociais, a quem pede “coragem” e a quem chama de “construtores de uma Igreja mais bela”. Ao se despedir do Brasil, na noite deste domingo, o pontífice deixou entre os católicos brasileiros a sensação de que há alguém nos altares disposto a ouvir e falar mais. A visita também envia, para o resto do mundo, a ideia de que a transformação começou.
É imensa a espontaneidade do papa. Perde seu tempo quem tenta encontrar, nos gestos de humildade, alguma incoerência do argentino que ocupa o trono da Igreja e abre mão dos privilégios a ele conferidos através dos séculos. Foi o “estilo Francisco” a primeira mensagem recebida no Brasil, chamando a atenção de quem, por ventura, não tenha tomado conhecimento do novo papa e do que ele quer dizer aos católicos: o papa exigiu um carro simples, andou de vidros abertos, dispensou o guarda-chuva para a caminhada até o hospital de dependentes químicos, no meio de chuva forte. O pontífice não descansou do primeiro ao sétimo dia da viagem – a sua primeira como papa. Apresentou, em capítulos, aos fiéis e sacerdotes, os sinais do que pode ser um novo tempo para uma instituição voltada excessivamente fechada em si mesma, que deixou seu rebanho exposto ao assédio de crenças que não usam meias palavras – com destaque, no Brasil, para as correntes evangélicas, que avançaram enquanto os católicos perderam cerca de 1,7 milhão de fiéis, um encolhimento de 12,2% em uma década, segundo o IBGE.
Francisco fala sem pompa, sem rodeios. Aos jovens, de forma geral, pediu fé, o abandono aos “falsos ídolos”, e que sejam protagonistas de sua trajetória como cristãos. Ao falar para os dependentes químicos, bateu forte na tendência de legalização das drogas que começa a despontar na América Latina. E, no Complexo de Manguinhos, na favela de Varginha, onde quem manda é o tráfico de drogas, alertou que a “pacificação” não resolve tudo. No sábado, defendeu a ética na política, e, na cidade onde há mais de 30 dias persistem os protestos violentos e uma surdez recíproca entre polícia e manifestantes, propôs uma saída mais serena: “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade”, afirmou, no encontro com representantes da sociedade civil.
Um dos organizadores do livro Francisco – Renasce a Esperança (Ed. Paulinas, 23,90 reais), o cientista da religião Afonso Maria Ligório Soares, da PUC-SP, enxergou na mensagem deixada pelo pontífice os traços característicos de jesuíta e franciscano de Jorge Mario Bergoglio. “Francisco demonstra o despojamento do santo que o inspirou, criticou o consumismo e a distração diante de ninharias. Como jesuíta, ele também é um soldado de Deus. Tem disciplina, disposição de ir à frente, o que o faz cobrar comprometimento de seu clero. Submeteu-se a uma agenda extenuante de compromissos, incluindo a visita a uma favela”, disse Soares.
As mensagens ao clero foram duras. A homilia do sábado com os bispos mostrou um papa bem menos brando e mais incisivo do que o dos altares diante dos peregrinos. “Não se pode apenas adorar Jesus no sacrário. É preciso adorá-lo nas favelas”, ordenou o pontífice, pedindo que os religiosos ganhem as ruas. Para o estudioso da PUC-SP, somados os exemplos e as falas do papa ao clero, há um chamamento evidente para que se abandone a cultura de luxo e ostentação enraizada em parte da Igreja. “Francisco está provocando uma grande confusão no status quo da Igreja Católica”, acredita Soares.
1/5(Danilo Verpa/Folhapress/VEJA)
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Firmeza – Na tarde de domingo, o pronunciamento do papa aos bispos mostrou, em vez de um simpático e carismático Francisco, um homem de fala firme, com a postura de gestor – apesar de, ainda assim, manter proximidade, uma forma de apresentar-se como semelhante, não alguém acima dos interlocutores. No Centro de Estudos do Sumaré, na Zona Norte do Rio, Francisco se reuniu com os bispos do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). “A proximidade cria comunhão e pertença, dá lugar ao encontro. A proximidade toma forma de diálogo e cria uma cultura do encontro. Uma pedra de toque para aferir a proximidade e a capacidade de encontro de uma pastoral é a homilia. Como são as nossas homilias?”, perguntou, chamando os religiosos à reflexão.
A mudança de estilo no comando da Igreja se assemelha, em alguns pontos, aos choques de gestão e à substituição de culturas empresariais ortodoxas por formas mais diretas de confrontar funcionários e suas funções. Uma sacudida, como se diz. Ao apresentar-se como “um irmão no episcopado”, Francisco faz algo revolucionário para a hierarquia da Igreja. Coloca-se como “um igual”, não no altar do sumo pontífice, e propõe que a Cúria não esteja isolada nas decisões sobre o futuro do catolicismo. Isso tem relação direta com as tarefas que aguardam o papa no seu retorno ao Vaticano. O primeiro compromisso de Francisco após a JMJ é uma reunião com a comissão que conduzirá a reestruturação econômica e administrativa da Santa Sé. Entre as tarefas do grupo, estão a de conter custos e dar transparência financeira ao Instituto para as Obras de Religião (IOR), o Banco do Vaticano e à Administração do Patrimônio da Sede Apostólica (Apsa).
Como discutir finanças com alguém que abre mão de todo tipo de regalia, que pede comida, transporte e cerimônias de tamanha simplicidade? Francisco quis mostrar em sua primeira excursão como pontífice que a simplicidade não é uma necessidade conjuntural, mas uma forma de vida que nos garante a felicidade. “É verdade que hoje mais ou menos todas as pessoas, e nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer”, falou. “Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros”, alertou, falando para o público em Aparecida, na quarta-feira, cidade à qual prometeu retornar em 2017.
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Como se esperava, todos os dias havia uma mensagem dirigida aos jovens, maioria absoluta da JMJ e para os quais foi criado o encontro. Para o pesquisador da PUC-SP, Francisco tentou estimular a juventude a ser católica com fervor, não se acanhar e, principalmente, demostrar sua fé com ações. “Quem querem ser? O Cirineu que ajuda Cristo a levar a cruz ou Pilatos, que lavou as mãos?”, perguntou, depois de assistir, de volta ao Rio, à encenação da Via-Sacra.
Para o mundo – As referências à realidade brasileira, como nas citações da “pacificação” – termo cunhado pela propaganda do governo do estado do Rio – e das manifestações, foram de certa forma surpreendentes. Por ser um evento internacional, há um protocolo – que nem Francisco pode quebrar – que exige um discurso orientado para o mundo. Ainda assim, Francisco destacou a realidade nacional, analisou o padre Jesus Hortal, doutor em Direito Canônico e professor em faculdades de Teologia e Direito da PUC-Rio, atualmente também reitor da Universidade Católica de Petrópolis. Diz Hortal: “O recado das jornadas resume-se a uma celebração da alegria de viver, a dimensão religiosa como algo intrínseco também à juventude, e não só aos mais velhos”.
As particularidades e o carisma de Francisco são, além de cheios de significado para os fiéis e os sacerdotes, uma quebra na narrativa que faz com que o mundo preste atenção e tenha interesse na Igreja. “Simplesmente cada papa dá [à Igreja] a cor que considera a melhor. Cada um tem sua preferência e tem direito de ser diferente. É muito bom que cada papa seja diferente e que não repitam. Afinal, o filme se gasta. Agora, temos novo filme”, acredita Hortal.
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