Forças Armadas, meta fiscal e BNDES nas manchetes de 14/08/17
Integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica afirmam que só há dinheiro para cobrir gastos até o mês que vem
A redução no repasse de recursos para as Forças Armadas, a revisão do rombo fiscal de 2017 e a nova taxa do BNDES estão nas manchetes dos principais jornais do país nesta segunda-feira. Segundo o Estado de S.Paulo, com a queda de 44% dos recursos, os militares dizem que só há dinheiro para cobrir gastos até o mês que vem. No Globo, o destaque é o anúncio da revisão das metas fiscais, que deve ser feito nesta segunda-feira pelo governo. Venda de Congonhas e outros 17 aeroportos renderia R$ 20 bilhões aos cofres da União e ajudaria a reduzir o rombo nas contas. A mudança na taxa que remunera os financiamentos do BNDES é destaque na Folha de S.Paulo.
O Estado de S.Paulo
Recursos caem 44% e Forças Armadas preveem ‘colapso’
Nos últimos cinco anos, os recursos das Forças Armadas foram reduzidos em 44,5%. Só as verbas “discricionárias” caíram de R$ 17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. O valor não inclui gastos obrigatórios com alimentação, salários e saúde. Integrantes do Alto Comando de Exército, Marinha e Aeronáutica alertam para risco de “colapso”.
Montadoras intensificam robotização apesar da crise
Em meio à crise, com fábricas ociosas e demissões, a indústria automobilística está intensificando o processo de robotização. Grande parte dos robôs foi adquirida nos últimos quatro anos, período em que a produção de veículos caiu 32% e o total de funcionários baixou 21%, perdendo 30 mil vagas. O Brasil instala 1,5 mil robôs por mês.
O Globo
União vai ampliar concessões para cumprir meta de 2018
Para conter o rombo nas contas públicas em 2018, o governo ampliou o programa de privatização de aeroportos, incluindo a venda de Congonhas, da fatia da Infraero no Galeão, Guarulhos, Confins, Brasília e Viracopos e de outros 12 terminais. No total, a União espera arrecadar ao menos R$ 20 bilhões. Ainda assim, a previsão de déficit primário do próximo ano subirá, de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões.
Folha de S.Paulo
Nova taxa do BNDES poupa até R$ 100 bi, afirma estudo
A mudança proposta pelo governo na taxa que remunera os financiamentos do BNDES resultará em uma economia de quase R$ 100 bilhões nos próximos anos. Hoje, as operações do BNDES são vinculadas à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), de 7% ao ano. Medida provisória prevê que, em cinco anos, a taxa, rebatizada de TLP, se iguale às pagas por títulos da dívida do Tesouro, atualmente em torno de 9,25% anuais. Com isso, o governo se livra do custo de emprestar a juros mais baixos do que os que paga para obter recursos no mercado financeiro.
Valor Econômico
J&F negocia Eldorado com grupo asiático APP
O processo de venda da Eldorado Brasil Celulose, controlada pelo grupo J&F, caminha para ter um desfecho inesperado. Estão muito avançadas as conversas para a venda do seu controle para a indonésia Asia Pulp & Paper Group (APP), uma das maiores do ramo no mundo.
Correio Braziliense
O Brasil que vence a crise
No segundo trimestre deste ano, havia 33,3 milhões de pessoas empregadas com carteira assinada no país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período de 2014, no entanto, eram 36,8 milhões, ou seja, em três anos, 3,5 milhões de postos formais foram eliminados. O jornal ouviu histórias de trabalhadores que mantiveram o emprego apesar da crise.