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“Foi problema pontual”, diz diretor da ONS sobre falta de luz

Segundo Hermes Chipp, desligamento de cargas de energia evitou um apagão como o de 2009. Transformador de Itaipu deve ser consertado em até dois dias

Por Da Redação
4 out 2012, 10h31

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou que a falta de luz em cidades de quatro regiões do Brasil na noite de quarta-feira foi um problema pontual, não estrutural. Em entrevista a uma rádio de São Paulo, Chipp informou que uma falha na Subestação de Foz do Iguaçu, no Paraná, fez com que determinadas cargas fossem desligadas para evitar uma sobrecarga nas linhas de transmissão, o que poderia resultar em um apagão como o de 2009.

“É como, na sua casa, você ter uma situação em que tem de deixar de passar roupa por meia hora para não sobrecarregar o sistema e evitar que tenha que desligar todas as cargas”, disse Chipp. “Houve o desligamento automático de 5.600 megawatts de cargas não-prioritárias, ou seja, aquelas que não abastecem, por exemplo, hospitais e metrôs.”

O diretor da ONS afirmou que o problema está restrito a um transformador de Itaipu, que será consertado em até dois dias. “Não há blackout ou apagão. É um corte seletivo pré-selecionado de cargas que são religadas rapidamente. O sistema é robusto”, disse. “Não há problema estrutural. É um problema pontual.”

Segundo Chipp medidas como esse desligamento seletivo de cargas têm como objetivo evitar que haja uma sobrecarga no sistema como um todo, o que poderia causar um apagão total em alguns estados, como o que aconteceu em 2009. De acordo com o diretor, a falta de luz de quarta à noite não tem relação com a queda de energia ocorrida no estádio de Resistência, na Argentina, onde as seleções do Brasil e da Argentina disputariam na noite de ontem a partida final do Superclássico das Américas. O jogo foi adiado.

Falta de energia – Parte das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e os estados do Acre e Rondônia sofreram, na noite de quarta-feira, corte na distribuição de energia em razão de uma pane em um dos transformadores de uma subestação da usina de Itaipu, administrada por Furnas, em Foz do Iguaçu, no Paraná. O problema teve início às 20h56 e o sistema de geração de energia começou a se normalizar às 21h22. Em algumas cidades, o corte na energia durou cerca de quinze minutos. A pane gerou perda em Itaipu, obrigando o envio imediato de um pedido às empresas distribuidoras que suspendessem momentaneamente a distribuição para aliviar e equilibrar o sistema. Durante 27 minutos de pane no sistema, o país, segundo o ONS, perdeu entre 3.000 e 3.500 megawatts. Em São Paulo, a Eletropaulo, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica em 24 cidades do Estado, informou que o corte durou entre dois e cinco minutos e atingiu pelo menos oito cidades da Região Metropolitana. Na capital, ficaram sem energia elétrica alguns bairros das zonas sul e leste. Na Grande São Paulo, foram afetados 695.000 clientes. No Rio de Janeiro, ficaram sem energia alguns bairros da capital fluminense e municípios da Baixada e da Região Metropolitana, como Niterói e São Gonçalo. Segundo a assessoria de imprensa da concessionária Ampla, que atende as cidades de Niterói, São Gonçalo e da Região dos Lagos, a interrupção no fornecimento começou às 20h55. Em 80% das cidades cobertas pela Ampla, a falta de energia durou aproximadamente quinze minutos e, nas demais, a interrupção foi por cerca de trinta minutos. A energia foi totalmente restabelecida pouco antes das 21h30. Na área coberta pela Light, a queda de energia atingiu algumas subestações do município do Rio, além de Nova Iguaçu, Itaguaí e Seropédica, na Baixada Fluminense. A interrupção no fornecimento não chegou à zona sul da capital fluminense nem no centro financeiro do Rio. Em Minas Gerais, a Cemig informou que a falta de luz atingiu vários municípios do Estado, entre eles Sete Lagoas, Uberaba, Patos de Minas, Uberlândia, Lavras, Caxambu e Ribeirão das Neves. No Paraná, alguns bairros de Curitiba também sofreram com a interrupção no fornecimento de energia. (Com Agência Estado)

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