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Falta de combustível provoca corrida aos postos em SP

'As pessoas chegam desesperadas perguntando se tem gasolina', diz frentista

Por Marina Pinhoni
6 mar 2012, 18h01

A falta de combustível em São Paulo está provocando uma corrida aos postos de gasolina – o que faz com que o estoque termine ainda mais rápido. A reportagem de VEJA percorreu a zona oeste e norte da cidade e encontrou motoristas assustados com a perspectiva de não terem como abastecer seus automóveis. A distribuição de combustíveis está interrompida na cidade por determinação de sindicatos de motoristas, como forma de protesto pela decisão da prefeitura de proibir a circulação de caminhões na Marginal Tietê das 5h às 9h e das 17h às 22h, de segunda a sexta-feira. O clima lembra o dos anos de inflação no Brasil, quando os preços sofriam grandes elevações repentinas. Na véspera dos reajustes, formavam-se longas filas na entrada de postos de combustível. Os motoristas queriam abastecer os veículos antes de o preço subir. Nesta terça-feira, a decoradora Cristiane Barbosa, de 48 anos, levou não só um, mas quatro veículos para abastecer: os dois carros da família e os dois caminhões de sua empresa – um de cada vez. “Um amigo avisou que encontrou fila em alguns postos e que poderia faltar combustível. Resolvi encher o tanque de todos logo”, disse, em um posto na Marginal Pinheiros, próximo à Ponte Cidade Universitária. De acordo com os sindicalistas, a greve, iniciada na segunda-feira, já deixa um em cada três postos da capital sem gasolina. Os gerentes e funcionários de postos ouvidos pela reportagem confirmam a estatística. Nas poucas lojas onde ainda há combustível, ele está no final, já que os postos têm estoque, em média, para dois dias. Havia filas de pelo menos quatro carros em todos os postos visitados. Ricardo Gorgatti é gerente de um posto na Marginal Tietê, próximo da Ponte da Freguesia do Ó. Lá, o combustível acabou cedo. “Por volta das 10 horas já tinha terminado tudo: álcool, gasolina e gasolina aditivada. Só tem diesel.” Gorgatti diz que só não fecha o posto para garantir o faturamento da loja de conveniência e do lava-rápido. O frentista Lucas Pereira, de 20 anos, que trabalha em um posto na Marginal Tietê, próximo da Via Anhanguera, diz que o movimento está muito acima do normal. “As pessoas já chegam desesperadas perguntando se tem gasolina.” O motorista particular Almir Silva Costa, de 50 anos, abastecia o carro pela segunda vez nessa terça-feira, em um posto na Marginal Pinheiros, para não correr risco de ficar com o tanque vazio. A publicitária Stefani Pelin, de 23 anos, também resolveu parar no mesmo posto. “Percebi que está mais caro, mas como eu ouvi falar que a gasolina estava acabando, resolvi encher o tanque assim mesmo.” Leia também: Prefeitura diz que restrição aumenta velocidade na Marginal


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