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Exército seguirá no ES até o fim da greve da PM, diz ministro

Raul Jungmann ofereceu os quartéis do Exército no Estado para dar apoio aos policiais militares que queiram retornar ao trabalho

Por Da Redação Atualizado em 11 fev 2017, 16h10 - Publicado em 11 fev 2017, 15h59

Após o fracasso das tentativas de acordo com associações da Polícia Militar do Espírito Santo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, voltou a afirmar neste sábado que as Forças Armadas vão permanecer nas ruas de Vitória até o término “da greve ilegal” e ofereceu os quartéis do Exército para dar suporte aos policiais que queiram retornar ao trabalho.

“Não sairemos daqui  enquanto não se resolver essa greve ilegal”, disse Jungmann, após uma reunião com autoridades do governo capixaba e com os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e José Levy do Amaral (Justiça) e o general Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional).

O titular da Defesa também fez um apelo para as mulheres dos policiais que bloqueiam o acesso aos batalhões que “não levem seus companheiros para uma armadilha”. Mais cedo, ele havia afirmado que os PMs devem “honrar a farda que vestem”.

O Exército e a Força Nacional de Segurança destacaram 3.130 homens, além de três helicópteros, sete blindados e 180 carros para patrulhar as ruas da capital capixaba – número que, segundo o ministro da Defesa, é superior ao efetivo do Estado que cruzou os braços desde sábado passado. Hoje, Jungmann disse que os quartéis do Exército no Estado estão abertos caso parte dos PMs queiram abastecer carros ou pernoitar. Ele disse que os policiais que não aderiram à greve vivem dias de “encarceramento”, vítimas de “radicais que não têm o que perder”.

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Sem policiais nas ruas, a capital capixaba vive uma onda de violência, com saques, assaltos e mais de 120 homicídios contabilizados desde o último sábado. O comércio não abriu as portas durante a semana, as empresas de ônibus fecharam as garagens e a volta às aulas foi adiada.

Jungmann disse ainda que o governo federal monitora a situação no Rio de Janeiro, onde também há protestos em alguns batalhões.

Crise

Na noite desta sexta-feira, o governo capixaba chegou a firmar um acordo com associações da Polícia Militar, mas o estado amanheceu sem policiamento neste sábado. Grupos de mulheres dos policiais continuam acampadas em frente ao Quartel Central da corporação, em Vitória, impedindo, assim, a saída dos militares.

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O acordo previa que os PMs estariam de volta às ruas às 7 horas da manhã deste sábado. Uma fila de carros chegou a se formar na saída do batalhão e alguns policiais fardados tentaram negociar com os familiares. Diante da negativa de liberar o portão, carros e soldados voltaram para dentro do quartel.

Presidentes de três associações ligadas à polícia militar e aos bombeiros assinaram, na noite de sexta, documento que previa o fim da greve, que já dura mais de uma semana. A negociação terminou sem reajuste salarial para a categoria, que pedia aumento de 47%, mas o governo havia prometido desistir de ações judiciais contra as associações, caso o acordo fosse cumprido. Agora, diante da continuidade do motim, os policiais estão sujeitos ao indiciamento pelo crime militar de revolta, que leva à expulsão e tem pena prevista de oito a 20 anos de prisão.

As mulheres dos PMs dizem que as associações que firmaram o acordo não as representa, reclamam de não terem sido convidadas para a reunião e reforçam que esse é um movimento dos familiares, não de instituições.

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