Exército começa a ocupar favelas no Rio para eleições
Cerca de 500 homens deixaram o quartel para ocupar a favela Gardênia Azul, em Jacarepaguá, onde milicianos já tentaram formar um curral eleitoral

As primeiras tropas do Exército que vão atuar nas eleições do Rio deixaram o 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, zona oeste da cidade, às 11h desta segunda-feira. Cerca de 500 homens, divididos em caminhões e jipes, seguiram para a favela Gardênia Azul, em Jacarepaguá, também na zona oeste. Ao meio-dia, homens do 31.º Grupo de Artilharia de Campanha deixaram o quartel em direção à favela do Muquiço, em Guadalupe.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE), desembargador Luiz Zveiter, disse que a função dos militares é garantir o trabalho de fiscais do tribunal em comunidades controladas por traficantes ou milicianos. “As Forças Armadas não vão atuar na segurança pública. Elas vão ajudar nossos fiscais a coibir ilícitos eleitorais nesses lugares, como propaganda irregular”, explicou.
O comandante militar do Leste, general Francisco Modesto, disse que serviços de inteligência das Forças Armadas não detectaram risco de confronto com criminosos dos locais que serão ocupados. “(Em caso de confronto), Todas as regras de engajamento dizem exatamente o que cada soldado deve cumprir dentro da lei.”
Desta segunda-feira até sábado militares vão ocupar 28 favelas na zona oeste do Rio e do Complexo da Maré, na zona norte. No início da tarde, tropas da Marinha ocuparão a favela Fogo Cruzado, na Maré.
(Com Agência Estado)
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