Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ex-procurador pede que Janot seja ouvido pelo STF em caso da JBS

Marcelo Miller diz que depoimento do procurador-geral da República pode esclarecer se houve pedidos para favorecer os executivos da empresa

Por Agência Brasil Atualizado em 12 set 2017, 16h39 - Publicado em 12 set 2017, 16h16

O ex-procurador Marcello Miller disse nesta terça-feira que seu destino foi “previamente decidido” pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O comentário de Miller está em uma petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual pede que Janot seja ouvido no processo que investiga se ele atuou como “agente duplo” em favor da JBS durante o período em que trabalhava no Ministério Público Federal (MPF). Miller foi exonerado do cargo em abril.

Segundo o ex-procurador, o depoimento de Janot pode esclarecer se houve pedidos para favorecer os executivos da JBS que firmaram acordo de colaboração com o MPF. Na petição, o ex-procurador também colocou os seus sigilos fiscal e bancário à disposição do ministro Luiz Edson Fachin, relator do caso no STF, e voltou a declarar que não favoreceu a empresa nem participou da força-tarefa das investigações que envolveram o grupo J&F, controlador da JBS.

Os advogados que representam os interesses de Miller, André Perecmanis e Paulo Klein, também solicitaram que o STF ouça os procuradores Eduardo Pelella, Fernando Alencar e Sergio Bruno Fernandes. O interesse da defesa é atestar se Miller entrou em contato com eles para tratar de assuntos relativos à JBS.

Miller também criticou o pedido de prisão assinado por Rodrigo Janot, que foi rejeitado pelo ministro Fachin. O pedido foi feito enquanto o ex-procurador prestava depoimento à Procuradoria da República no Rio de Janeiro, na última sexta-feira. Os colaboradores Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos da JBS, foram presos por determinação do ministro do STF.

“A heterodoxia no procedimento adotado pelo eminente procurador-geral da República foi, ao que parece, fruto de açodamento e precipitação. Obviamente, não levou em conta os esclarecimentos realizados pelo requerente durante seu depoimento, o que sugere, para dizer o mínimo, que o requerimento de decretação de cautelares já estava pronto anteriormente”, diz a petição.

Na segunda-feira, após a retirada do sigilo do pedido de prisão rejeitado por Fachin, veio a público que Janot tem provas de que Miller atuou em favor do grupo JBS durante o período em que trabalhou no MPF. Janot indicou que e-mails de um escritório de advocacia que contratou o ex-procurador mostram que Miller auxiliou a empresa no acordo de leniência com o órgão.

(Com Agência Brasil)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.