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Ex não precisa ser inimiga, diz Ana Cristina, que foi casada com Bolsonaro

Ela pretende escrever um livro sobre os dezesseis anos em que esteve ao lado do presidente

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jan 2021, 19h29 - Publicado em 29 jan 2021, 06h00

Em entrevista a VEJA, Ana Cristina Valle confirmou que está de mudança para Brasília, que pretende disputar uma vaga no Congresso em 2022 e que vai escrever um livro sobre os dezesseis anos em que esteve ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

O que a senhora pretende fazer em Brasília? Estou indo primeiro por causa do meu filho. Quero dar apoio ao meu filho e estar ao lado dele. Acho que ele se sente muito sozinho. O pai não tem tempo para ajudá-lo, para participar da vida dele. Então, vou para dar o apoio moral e emocional que ele está precisando. Eu também pretendo advogar.

Isso tem algo a ver com as notícias de que seu filho estaria fazendo lobby no governo? Ele é um rapaz de 22 anos, mas ainda é um pouco imaturo e não tem a malícia das pessoas que estão ao redor dele. Então, acaba ficando exposto.

Como assim? Muitas pessoas chegam perto dele por interesse. Acontece demais. Então, a gente tem de saber separar os negócios dele da vida política do pai. Ele não tem nada a ver com isso, não opina em nada, não trabalha no governo.

É difícil ser filho do presidente da República? A vida dele fica engessada. Se o pai arrumar um emprego para ele, o pessoal vai falar que é nepotismo. Qualquer coisa que ele fizer, a mídia cai em cima falando que ele fez coisa errada. Ele precisa seguir a carreira no setor que gosta, que é de games, de vídeos, Instagram, You­Tube. Vou ajudá-lo nisso.

Qual a relação da senhora com o lobista Silvio de Assis? Eu fui uma vez numa feijoada, mas eu nem conheci ele direito. Sei que era o dono da casa, cumprimentei e ficou só nisso. Um amigo, que não vou dizer o nome, me convidou. Coisa de Brasília. Foi um almoço, não foi festa. Acho que não fiquei mais de uma hora e meia. Eu o cumprimentei porque era o dono da casa. Nada mais do que isso.

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Houve alguma proposta de emprego ou de parceria? Eu nem sei o que o Silvio faz da vida. Fui lá uma única vez, foi um almoço que durou no máximo uma hora e meia, nós conversamos na mesa e depois fui embora. Ele sabia bem quem eu era, mas eu não sabia quem ele era. Você sabe o que o Silvio faz?

Ele é um conhecido lobista, já foi preso e responde a vários processos na Justiça. Ixi! Se eu soubesse, não tinha nem ido. O fato é que o filho pediu um socorro, e a mamãe está indo para Brasília. Acho que qualquer mãe faria isso. Também pretendo tentar uma vaga no Congresso.

O presidente sabe disso? Da minha pretensão? Ele sabe. Em 2018, fui candidata, mas desisti. Quando o Jair foi alvo da facada, abri mão da minha campanha e saí para fazer campanha para ele. Ainda assim recebi 5 000 votos, sem fazer nada, só na rua pedindo votos para ele.

Em que pé está o seu processo sobre a rachadinha, que investiga o envolvimento da senhora e os filhos do presidente? Não tive mais notícia nenhuma. No ano passado, fui chamada a prestar depoimento no Ministério Público. Era um depoimento on-line, por causa da Covid, mas não aconteceu. Estou à inteira disposição das autoridades.

É verdade que a senhora está escrevendo um livro sobre o seu casamento com o presidente Bolsonaro? (Risadas) Está estagnado ainda. Mas a ideia está na cabeça.

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Haverá grandes revelações? Bomba eu não acredito, mas polêmico será. A gente viver dezesseis anos com um homem… a gente sabe bastante coisa, né?

Vocês tiveram uma separação pouco amistosa. É disso que se trata? Dizem que ex tem de ser inimiga. Eu penso o contrário. A ex não precisa ser inimiga. Eu queria ser muito amiga dele e poder ajudá-lo, como eu ajudei a vida inteira.

No livro, a senhora se dedicará mais à política ou à vida pessoal? Será a parte pessoal, não política.

E qual será o tema da melhor história? Por enquanto, é segredo.

Publicado em VEJA de 3 de fevereiro de 2021, edição nº 2723

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