Ex-marido que assassinou juíza tem prisão convertida em preventiva
Viviane Vieira, 45 anos, foi morta a facadas na véspera de Natal em frente às filhas; câmeras de segurança registraram o crime
Preso em flagrante após assassinar a ex-mulher, o engenheiro Paulo José Arronezi, de 52 anos, teve a prisão temporária convertida em preventiva e foi encaminhado para um presídio do Rio de Janeiro. A decisão da juíza Monique Brandão foi tomada para impedir que o acusado atrapalhasse as investigações ou tentasse fugir.
No último dia 24, véspera de natal, Arronezi golpeou a facadas a ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronezi, de 45 anos, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. Nas imagens do crime, registradas por câmeras de segurança, as filhas do casal pedem ao pai que pare de esfaquear a mãe. No carro do engenheiro foram encontradas três facas.
Esta não foi a primeira vez que Arronezi atentou contra a vida da ex-mulher. Em setembro, a juíza do Tribunal de Justiça do RJ o denunciou por lesão corporal e ameaça.
Viviane Vieira trabalhava como juíza há quinze anos e estava lotada na 24ª Vara Cível da Capital. A cremação da magistrada ocorreu na manhã deste sábado, no Rio.
Em nota pública, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, se disse consternado com o crime classificado como “covarde” e se comprometeu a desenvolver ações que identifiquem a melhor forma de prevenir e de erradicar a violência doméstica no país. “A morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, no último dia 24 de dezembro de 2020, demonstra o quão premente é o debate do tema e a adoção de ações conjuntas e articuladas para o êxito na mudança desse doloroso enredo. Pela magistrada Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. Por suas filhas. Pelas mulheres e meninas do Brasil”, afirmou o presidente do Supremo em nota divulgada nesta sexta-feira, 25.