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Ex-diretor da Petrobras entrega passaporte português à Justiça

Paulo Roberto Costa havia omitido a cidadania portuguesa e entregue ao STF apenas o passaporte brasileiro

Por Da Redação
26 Maio 2014, 21h37

O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, entregou seu passaporte português à Justiça após a Polícia Federal descobrir a cidadania europeia de um dos pivôs do esquema de lavagem de 10 bilhões de reais investigado pela operação Lava-Jato. O advogado de Costa, Nélio Machado, afirma que o ex-diretor de Abastecimento da empresa “jamais cogitou usar” o documento para deixar o país. “Não sei por que o documento não havia sido entregue anteriormente, não era o advogado do caso. Assim que tomei conhecimento do passaporte, remeti para o STF. Paulo Roberto jamais cogitou usar o documento para deixar o País. Ele vai se defender de tudo o que for necessário”, disse Machado.

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Segundo Nélio Machado, que assumiu a defesa de Costa, seu cliente está no Rio de Janeiro e não tem intenção de deixar a cidade. Machado afirma que não há “qualquer chance” de que Costa deixe a cidade, e que ele já comunicou seus endereços ao Supremo, conforme determinava o ministro Zavascki. O advogado também confirmou que seu cliente irá comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso, caso seja convocado. “Certamente ele irá e vai responder às indagações de todos. Ele tem até um certo anseio em participar”, disse o advogado. Segundo ele, ainda não há uma estratégia definida para o depoimento. “Não tem problema nenhum a convocação, com ou sem a oposição, ele irá”, disse.

Os passaportes dos investigados na operação Lava-Jato foram entregues à Justiça após decisão liminar do ministro Teori Zavascki de soltá-los na última segunda-feira. No despacho, Zavascki fez uma ressalva: para não atrapalhar as investigações, eles não podem se ausentar das cidades onde residem e devem entregar seus passaportes no prazo de 24 horas. No dia seguinte, Zavascki voltou atrás na decisão e revogou a soltura dos 12 investigados, com exceção de Paulo Roberto Costa, o único que se beneficiou da nova decisão e deixou a carceragem há uma semana. O ministro acatou argumentos do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações no Paraná, que apontou risco de fuga dos investigados.

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Deputados – Para Zavascki, independentemente da manutenção das prisões, os autos da Lava-Jato devem ser enviados ao STF. A Operação Lava-Jato “subiu” para o Supremo após a PF descobrir ligações das quadrilhas com os deputados federais André Vargas (PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA), que têm prerrogativa de foro. No despacho, Zavascki argumentou que, tendo à disposição o inteiro teor das investigações, decidirá “com maior segurança acerca do cabimento ou não do seu desmembramento, bem como sobre a legitimidade ou não dos atos até agora praticados”.

Permanecem presos o doleiro Alberto Youssef, além de Carlos Alberto Pereira da Costa, Raul Henrique Srour, Carlos Alexandre de Souza Rocha, Nelma Kodama, André Catão de Miranda, André Luís Paula dos Santos, Carlos Habib Chater, Ediel Viana da Silva, René Luiz Pereira e Maria de Fátima Stocker. Sleiman Nasin el Kobrossy continua foragido.

Sonegação fiscal – A Polícia Federal encontrou, em documentos armazenados pelo ex-diretor da Petrobras, indícios de sonegação fiscal. O ex-diretor envolveu a família – suas duas filhas e dois genros – no mecanismo de ocultação de ganhos ilícitos, de acordo com investigadores do caso. A mulher Marici Costa, as filhas Arianna e Shanni Bachmann e os genros Márcio Lewkowicz e Humberto Mesquita gastaram, nos últimos cinco anos, mais de 10 milhões de reais em imóveis e em uma lancha de alto padrão.

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(Com Estadão Conteúdo)

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