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Evangélicos: um mar de gente pelo Brasil

Por Da Redação
29 jan 2009, 16h26

No último dia 18 de janeiro de 2009, a igreja evangélica Renascer em Cristo foi tema dos principais noticiários do país. Desta vez, o assunto não estava relacionado ao crescimento do protestantismo no Brasil ou ao escândalo de alguns dirigentes religiosos. Parte do teto da sede mundial da igreja, localizada na zona sul de São Paulo, tinha desmoronado por volta das 19 horas, matando nove pessoas e ferindo cerca de cem. O tema da ascensão das igrejas evangélicas no Brasil foi tratado em várias reportagens de VEJA.

A Renascer é bastante conhecida por ter o jogador brasileiro Kaká como um de seus maiores discípulos e também por ter sido foco de várias notícias em 2006, quando a Justiça de São Paulo decretou a prisão de seus dois líderes por estelionato e lavagem de dinheiro. Muitos acreditaram que o casal Estevam e Sônia Hernandes estaria abandonando um império formado por mais de 1.500 templos no Brasil e em outros seis países, além de uma torre de televisão, a Rede Gospel de TV e a emissora de rádio Gospel FM.

O fenômeno dos evangélicos, porém, não é exclusivo da Igreja Renascer, muito menos do século XXI. Já na década de 1980, o pentecostalismo convertia 8,5 milhões de brasileiros, de acordo com cálculos da Sociedade Bíblica do Brasil e da Confederação Evangélica do Brasil.

Os movimentos evangélicos começaram a se multiplicar rapidamente e, em meados dos anos 90, algumas igrejas protestates consquistaram aquilo que seria indispensável para angariar ainda mais seguidores: a televisão e o rádio. Somente nesse período, a cúpula da Igreja Católica constatou, inquieta e até um pouco assustada, que o poder de arregimentação das seitas evangélicas era muito maior do que se imaginava. Cerca de 16 milhões de brasileiros já rezavam pela cartilha dessas igrejas.

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Em 1995, um dos mais famosos dirigentes evangélicos concedeu uma entrevista exclusiva à revista VEJA. Edir Macedo, que vivia fora do Brasil havia nove anos, caçava fiéis com uma boa oratória, muito senso teatral e um discurso no limite da paranóia. À frente da Igreja Universal do Reino de Deus, com mais de 3,5 milhões de adeptos em 34 países, Macedo ainda tinha tempo de tentar competir com a Rede Globo a liderança da TV brasileira.

Com bíblias nas mãos, muita disciplina e solidariedade, as igrejas evangélicas invadiram as cadeias e os redutos de drogas com o objetivo de converter e regenerar bandidos. Habitantes de um mundo em que o emprego é escasso e as políticas públicas quase não chegam, essas pessoas encontram nas religiões evangélicas um ambiente bem diverso do distanciamento que a Igreja Católica sempre manteve com seus fiéis.

Finalmente, os evangélicos que chegaram ao século XXI aderiram a um novo tipo de discurso, abordado por VEJA em julho de 2006. Com menos ênfase no sobrenatural e mais investimento em técnicas de autoajuda, a nova geração de pregadores aumentou a penetração dessas igrejas na classe média do Brasil e multiplicou ainda mais o número de fiéis.

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