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EUA: após protesto anti-Wall Street, porto de Oakland reabre

Por Kimihiro Hoshino
3 nov 2011, 19h10

O porto de Oakland, um dos mais movimentados dos Estados Unidos, na Califórnia (oeste do país), retomou completamente suas atividades nesta quinta-feira depois de um dia de fechamento devido a protestos anti-Wall Street, informaram fontes oficiais.

A direção do porto afirmou que os funcionários voltaram ao trabalho nas instalações do quarto maior porto do país em volume de carga, segundo seu site, após permanencer fechado durante a noite devido aos distúrbios ocorridos nessa cidade californiana, que tiveram como resultado mais de 80 detidos e oito feridos, segundo a polícia.

“O porto de Oakland está completamente em operação. Os trabalhadores na região marítima estão começando a voltar a seus postos e as operações no porto marítimo voltam à normalidade”, dizia o comunicado da direção do porto.

A administração do porto de Oakland – que gera cerca de 39 bilhões de dólares em importações e exportações anuais, assim como dezenas de milhares de postos de trabalho – enviou seus trabalhores para casa mais cedo na tarde de quarta-feira, quando os manifestantes sitiaram o terminal.

O fechamento ocorreu depois que milhares de pessoas protestaram no centro da cidade em apoio a uma greve convocada na semana passada, depois que a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, incidentes nos quais uma pessoa ficou ferida.

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Os protestos foram iniciados de forma majoritariamente pacífica, até que na meia-noite de quarta-feira, várias dezenas de pessoas começaram a lançar pedras e garrafas no centro da cidade, ocuparam um prédio vazio e incendiaram barricadas, à medida que a polícia se mobilizava na região e respondia com bombas de gás.

Os manifestantes violentos pareciam ser uma exceção em um grupo maior do movimento Ocupe Wall Street, que se encontra acampado perto da prefeitura de Oakland, e muitos de seus membros correram ao local dos distúrbios para pedir calma, constatou um fotógrafo da AFP.

“Comemoramos a morte do capitalismo”, dizia um cartaz sobre um improvisado altar decorado com flores. Os comerciantes vendiam sorvetes e algodão doce ao som de música e alguns distribuíam folhetos anticapitalistas.

Brother Muziki, um professor de escola primária, levava um cartaz no qual se lia: “salvem as escolas e os serviços, não os bancos”.

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“Nossas salas de aula estão saturadas. Os bancos estão sendo resgatados, mas não as escolas”, declarou.

Dezenas de policiais munidos de máscaras de gás bloquearam a manifestação em um momento do dia, mas deixaram o local sem que confrontos ocorressem, e a maioria dos manifestantes não se aproximou das linhas policiais.

Na Praça de Frank Owaga, do lado de fora do prédio da prefeitura, o acampamento do movimento Ocupe Wall Street, que na semana passada foi desmantelado pelas autoridades, expandiu-se novamente com mais de 50 barracas.

Na noite de quarta-feira, antes de a violência ser desatada, os manifestantes tocavam música e se reuniam em torno da praça em um ambiente festivo.

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Jessica Callahan, 20 anos, disse que pensava que o dia de greve tinha sido um êxito para Oakland, que foi duramente castigada pela recessão global. “Muitas pessoas duvidavam de Oakland. Mas podemos nos unir e precisamos fazê-lo”, explicou.

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