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Erguida por Cabral, obra de cadeia em que Eike está é investigada

Empreiteira que construiu a penitenciária por 17 milhões de reais é suspeita de pagar propina para operador de ex-governador

Por Luisa Bustamante
Atualizado em 30 jan 2017, 21h46 - Publicado em 30 jan 2017, 21h38

Até a penitenciária onde está preso Eike Batista é suspeita de envolvimento nos escândalos de corrupção protagonizados pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A cadeia pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, para onde o empresário acabou transferido nesta segunda-feira (30), foi construída por uma empreiteira investigada na operação Calicute, a primeira fase da Lava-Jato fluminense.

Cabral inaugurou o prédio em março de 2011, pouco depois do início do seu segundo mandato. Responsável pela obra, a FW Engenharia é apontada pelo Ministério Público Federal como suspeita de fazer parte do esquema de cobrança de propina encabeçado pelo ex-governador.

As investigações apontam que a Bandeira Stampa foi construída a partir de um contrato de 17 milhões de reais, que vigorou entre 22 de fevereiro e 19 de novembro de 2010. Segundo os procuradores, uma mulher identificada como Nadia, funcionária da FW, está entre os estranhos contatos telefônicos de um dos operadores de Cabral, Carlos Miranda, também preso no Complexo Penitenciário de Bangu. Procurada pelo site de VEJA, a empreiteira não quis se pronunciar.

Bangu 9 é considerada uma cadeia em bom estado de conservação. No local, estão presos ex-policiais envolvidos em crimes ligados à milícia. Essa noite, Eike vai dormir em um dos três beliches de uma cela de 15 metros quadrados, com capacidade para seis detentos. Para as necessidades físicas há um buraco no chão, e chuveiro com água gelada para o banho. A unidade prisional não está superlotada: são 541 vagas para 422 presos.

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A Secretaria de Administração Penitenciária informou que o cardápio diário da unidade consiste em arroz ou macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frango ou peixe), salada, fruta doce de sobremesa e refresco. O café da manhã se limita a um café com leite e pão com manteiga. O lanche da tarde tem suco e bolo.

Eike, assim como outros presos, tem direito a banho de sol duas horas por dia. Visitas só serão autorizadas depois de emissão de uma carteirinha -processo que demora cerca de 15 dias para ser concluído.

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