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Enterros dos 12 mortos em chacina acontecem hoje em Campinas

O autor das mortes, que se matou ao final da chacina, Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, será enterrado na cidade de Jaguariúna

Por Da Redação
Atualizado em 2 jan 2017, 09h53 - Publicado em 2 jan 2017, 09h47

As 12 vítimas da chacina que ocorreu durante a festa de Ano-Novo em Campinas, interior de São Paulo, serão sepultadas nesta segunda-feira no Cemitério da Saudade. O autor das mortes, que se matou ao final da chacina, Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, será enterrado na cidade de Jaguariúna, em local e horário não informados.

Sidnei invadiu uma casa, onde morava sua família, no Jardim Aurélia, com um canivete e uma pistola 9 milímetros. Ele usou a arma para matar a ex-mulher, Isamara Filier, de 41 anos, o filho, João Victor, de 8 anos, e outras dez pessoas (sendo oito mulheres e dois homens), durante as comemorações de réveillon. Após o ataque, Sidnei se matou.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi premeditado. Em uma gravação, ele revelou que pretendia executar as vítimas no Natal, mas não conseguiu. Araújo soube que a ex-mulher ia comemorar a virada de ano na casa de uma das tias, Liliane, e foi até o imóvel. Pouco antes da meia-noite, ele estacionou o carro, pulou o muro e entrou na casa. Em seguida, começou a atirar.

Os investigadores apuraram que dois adolescentes, de 15 e de 17 anos, que estavam na festa de réveillon, trancaram-se nos banheiros da casa ao perceber o ataque. Eles disseram que ouviram quando Araújo afirmou que mataria Isamara. “Vou te matar, você tirou meu filho.” A frase foi seguida pelo barulho de disparos. Depois, ouviram João Victor, o filho de 8 anos, questionar o pai. “Por que você matou a mamãe?” Araújo não respondeu. O silêncio foi interrompido por novos tiros. O menino foi o último a morrer.

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Disputa

Segundo testemunhas, Araújo e Isamara travavam uma batalha judicial pela disputa da guarda do menino. Depois de ela denunciar o ex-marido por abuso sexual contra o filho, a Justiça proibiu as visitas do pai. A denúncia estava sob investigação da polícia.

Apenas quatro pessoas que estavam na festa não foram atingidas pelos disparos. Segundo os investigadores, o atirador chegou a apontar a arma para uma delas, que tinha um bebê no colo. “Você nunca me fez nada”, disse, de acordo com o boletim de ocorrência registrado no 4.º Distrito Policial de Campinas.

“Confundimos o barulho de tiros com fogos, já que faltavam quatro a cinco minutos para a meia-noite. Quando saímos para ver a queima de fogos nos deparamos com uma pessoa ferida na perna, que pensávamos ser assaltante. Depois, percebemos que era um dos sobreviventes da chacina”, disse um vizinho que não se identificou.

A Polícia Militar informou que Araújo usou uma pistola calibre 9 milímetros e dois carregadores para praticar o crime. Junto dele, os policiais encontraram mais 10 bombas caseiras que foram apreendidas pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) – que é especializado em explosivos. Um arquivo com áudios do atirador justificando o crime foi apreendido.

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Queima-roupa

A maioria dos disparos foi dada a uma distância média, de cerca de um metro. A maioria das vítimas recebeu de dois a três tiros. Porém, o único que apresenta sinais claros de execução é o filho do atirador. Segundo a perícia, Araújo encostou o cano da arma na cabeça do menino e atirou. Minutos depois, se matou.

Vizinhos de Araújo disseram que ele era um homem tranquilo, morava sozinho, mas tinha muitos amigos e frequentava um bar próximo da casa dele, no Jardim Miranda, a 1 km do local do crime. “Nunca iria imaginar uma coisa dessas”, disse um deles, que pediu para não ser identificado.

(com Estadão Conteúdo)

 

 

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