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Enterro de Campos foi também início da campanha de Marina

Depois do sepultamento, a imagem da ex-senadora como a herdeira de Campos se consolidou – sob benção da família do ex-governador e da multidão nas ruas

Por Laryssa Borges e Talita Fernandes, de Recife
Atualizado em 10 dez 2018, 09h52 - Publicado em 17 ago 2014, 21h30

O enterro de Eduardo Campos no começo da noite deste domingo, em Recife, ganhou coloração político-partidária e tornou-se também o começo da nova candidatura do PSB à Presidência da República – com Marina Silva.

Depois da jornada que se encerrou com o sepultamento do político pernambucano no jazigo de seu avô Miguel Arraes, a imagem de Marina como herdeira de Campos na disputa de 2014 se consolidou, sob a bênção da família do ex-governador e da multidão que tomou as ruas da capital pernambucana e o Cemitério de Santo Amaro, gritando frases como “Dilma, agora é Marina!” e “Marina e Renata!” (sugestão de uma chapa em que a ex-senadora e a viúva do político socialista concorreriam juntas ao Planalto).

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A homenagem final ao político começou a ganhar características de comício no momento em que o cortejo fúnebre deixou o Palácio do Campo das Princesas, onde ele foi velado, em direção ao Cemitério de Santo Amaro. No trajeto, carros de som tocavam jingles do que deveria ter sido a campanha de Campos, além de músicas de disputas eleitorais passadas.

Embora ainda mostrasse os mesmos sinais de dor dos últimos dias, a mãe do político, Ana Arraes, respondeu à multidão fazendo com as mãos o número do PSB, como se pedisse votos. O filho mais velho de Campos, João, de 20 anos, já há tempos enfronhado na política, também reagiu de punho em riste – assim como depois, no enterro, puxaria um côro exaltando a memória do pai e de Miguel Arraes, e o futuro do PSB.

Negociando a passagem entre uma multidão estimada em 150.000 pessoas, o carro de bombeiros que levava o caixão demorou muito mais tempo que os vinte minutos inicialmente planejados para cumprir seu roteiro. Marina Silva foi uma das primeiras a chegar ao espaço isolado por grades onde a família e os amigos mais próximos assistiriam ao enterro. Ela foi ovacionada, e aguardou ao lado de Ana Arraes e do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) – o nome mais cotado para ocupar ser seu vice – a chegada de Renata Campos e seus filhos.

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O enterro foi marcado por uma queima de fogos de dezoito minutos. Depois do fim da cerimônia, a segurança tentou fechar as portas do cemitério e houve um início de tumulto. Algumas pessoas passaram mal e outras sofreram escoriações leves.

Na próxima quarta-feira, às 15h, a Executiva Nacional do PSB realiza em Brasília a reunião que indicará oficialmente o destino do partido nas eleições de 2014. Enquanto o cortejo de Eduardo Campos percorria Recife, o partido emitiu nota dizendo que iniciava um “processo de consulta visando a construção de uma alternativa política consensual”. Se Marina Silva já era a “escolha natural”, o enterro de Eduardo Campos tornou impossível qualquer outra alternativa.

https://www.youtube.com/watch?v=6XHUsFEe1O8

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