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Engenheiros avaliam rachaduras do navio da Vale no MA

Por Da Redação
7 dez 2011, 18h00

Por Ernesto Batista, especial para a AE

São Luís (AE) – Nove engenheiros do estaleiro sul-coreano STX estão fazendo avaliações para dimensionar as duas rachaduras detectadas no tanque de lastro nº7 do supergraneleiro Vale Beijing, provocadas quando o navio estava sendo carregado com minério de ferro no Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís.

A STX construiu e opera o cargueiro que faz parte da classe Vale Max e tem 370 metros de comprimento, 65 metros de largura, 23 metros de calado (a parte do navio que fica imersa) e pode transportar até 380 mil toneladas de granéis em uma única viagem. A empresa sul-coreana tem um acordo de US$ 5 bilhões com a Vale para prestar o serviço de transporte de minério de ferro extraído em Carajás com navios desse tipo para a Ásia e a Europa e recebeu autorização para operar nos portos brasileiros há cerca de cinco meses.

Segundo o capitão dos Portos do Maranhão, Nelson Calmon, ainda não há um plano de reparos para o navio que está fundeado no fundadouro nº 6 da Baía de São Marcos, uma área com 30 metros de profundidade e que afasta o risco de naufrágio da embarcação. “A própria condição do mar fará com que o vazamento pare e o trabalho lá (no fundeadouro) é tornar o navio estável o suficiente para que se possa fazer avaliações”, comentou.

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O supergraneleiro ainda está carregado com as 360 mil toneladas de minério de ferro que recebeu no TPPM e, de acordo com Calmon, existe a possibilidade de que o carregamento seja transferido para embarcações menores. “A decisão será do armador. Estamos aguardando a apresentação de um plano para avaliarmos a sua viabilidade”, disse o militar.

Hoje há um inquérito administrativo aberto pela Capitânia dos Portos do Maranhão (CP-MA) para investigar as causas do incidente com o Vale Beijing, que fazia sua primeira viagem – ele foi lançado ao mar em setembro. Os técnicos que estão investigando o caso trabalham com três hipóteses: má distribuição da carga no carregamento, fadiga do material com que ele foi fabricado ou falha de construção. O inquérito ficará pronto em 90 dias e será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que irá julgar o caso.

O Vale Beijing é um dos 35 navios do tipo Vale Max – 19 encomendados pela Vale e os demais por parceiros – que fazem parte do plano traçado pela mineradora brasileira para ter controle sobre o frete do minério de ferro para a Ásia, em especial para a China. Porém, este plano encontra resistência no cenário internacional e mesmo o governo chinês já proibiu a atracação de cargueiros do tipo Vale Max. Agora a dor de cabeça para os executivos da mineradora brasileira é se o governo de Pequim resolver usar o incidente como justificativa para barrar os Vale Max em seus portos.

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