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Encontro do PT tem PSD e privatizações em pauta

Lideranças do partido se reúnem em Brasília, no 32º aniversário da legenda. Presidente do partido rebateu críticas do PSDB sobre hipocrisia petista

Por Gabriel Castro
10 fev 2012, 17h53

O incômodo do PT com o tema das privatizações ficou claro nesta sexta-feira, no Encontro Nacional realizado pelo partido em Brasília. Rui Falcão, presidente da legenda, usou o seu discurso para defender o partido das acusações de estelionato eleitoral: depois de usar o tema das privatizações como uma arma eleitoral contra o PSDB, o PT resolveu entregar à iniciativa privada os três maiores aeroportos do país.

Rui Falcão tentou diferenciar a gestão petista da tucana. “O PT nunca foi contra a concessão de serviços públicos. Quando nós falávamos dos pedágios, não éramos contra a concessão de rodovias, e sim contra a forma como se entregavam as rodovias com baixa outorga e tarifas excruciantes para o usuário”, disse o líder petista. As críticas feitas pelo PSDB parecem ter ferido o orgulho do partido: “Querem nos impingir o rótulo de privatistas. Logo ele que venderam o país na bacia das almas e só não venderam a Petrobras porque não houve tempo.”

Alianças – Parte do pronunciamento do presidente do partido foi usada para tratar de alianças nas eleições municipais deste ano. Sem citar o PSD do prefeito paulistano Gilberto Kassab, Falcão defendeu a aplicação de critérios na escolha dos aliados. Ele disse que é preciso ceder à “tentação do acordo fácil” que “desfigura” o partido: “Todas as alianças têm um fio condutor que é a nitidez, para a população, do nosso rumo estratégico de construir uma sociedade diferente no Brasil”.

À imprensa, Falcão disse apenas que a decisão sobre o acordo caberá aos filiados do PT paulistano: “No dia 2 de junho haverá um encontro municipal onde essa questão, se estiver na pauta, será examinada. Se houver essa proposta de aliança com o PSD e os delegados apoiarem, a militância fará a campanha”, afirmou.

Além de marcar o aniversário de 32 anos do PT, o encontro desta sexta-feira reúne principalmente deputados estaduais e prefeitos do partido, com o objetivo de unificar o discurso para as eleições municipais. Os prefeitos divulgaram um documento chamado de “Carta de Brasília”. O texto estabelece como meta uma adesão maior dos municípios aos programas desenvolvidos pelo governo federal, como o Minha Casa, Minha Vida. Outro trecho trata das parcerias partidárias: “Nossas alianças buscarão consolidar o bloco politico que apoia o governo federal e nossa força local”.

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Ideli – A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, discursou durante o encontro e pregou a retomada de grandes prefeituras: “O ano de 2012 é um ano de fortalecimento do PT. Que a gente tenha capacidade política de manter as prefeituras onde a gente governa e de reconquistar prefeituras importantes que nós governamos, mas infelizmente nós deixamos e governar”, disse.

Desde 1982, quando disputou as primeiras eleições, o PT tem tido resultados crescentes nos pleitos municipais. Hoje, o partido tem cerca de 550 prefeituras.

Quem também apareceu no evento foi o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Com a popularidade em baixa e em uma situação cada vez mais delicada devido às constantes denúncias de irregularidades em sua gestão, ele lançou mão da estratégia petista de culpar os antecessores: “Nós enfrentamos uma grande batalha para colocar em prática o programa do PT e o modo do PT de governar numa cidade que estava governada pela direita há muitos anos”, afirmou.

A presidente Dilma Rousseff deve comparecer ao encerramento do encontro nacional, na noite desta sexta-feira.

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