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Empresas pró-Bolsonaro compram disparos anti-PT no WhatsApp, diz Folha

Reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" detalha prática considerada ilegal

Por Da Redação
Atualizado em 18 out 2018, 15h03 - Publicado em 18 out 2018, 12h29

Empresas que apoiam o candidato Jair Bolsonaro (PSL) estão comprando pacotes de disparo em massa de mensagens no WhatsApp para atingir a campanha de Fernando Haddad (PT), aponta reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira.

O caso se tornou o mais comentado do Twitter, com a hashtag #Caixa2doBolsonaro, e tem motivado uma série de posts nas redes sociais feitas por membros do PT, como próprio Haddad.

A prática é considerada ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela lei eleitoral, e não declarada.

Uma outra ilegalidade apontada pela reportagem é a compra da base de dados, com números de telefones, vendidas por agências de estratégia digital para receber estas mensagens. A lei só permite o uso das listas dos próprios candidatos com os contatos cedidos de forma voluntária. A Folha apurou que cada contrato chega a 12 milhões de reais.

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Entre as companhias compradoras deste serviço, segundo o jornal, está a varejista Havan, do empresário Luciano Hang, entusiasta da candidatura de Bolsonaro. À publicação, ele disse não saber “o que é isso” e que não precisa impulsionar conteúdos. “Qual é a necessidade de impulsionar? Digamos que eu tenha 2.000 amigos. Mando para meus amigos e viraliza”, declarou.

A reportagem da Folha aponta que entre as agências prestando esse tipo de serviços estão a Quickmobile, a Yacows, Croc Services e SMS Market. A prestação de contas de Bolsonaro apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral mostra apenas a empresa AM4 Brasil Inteligência Digital, que recebeu 115 mil reais para mídias digitais. Não há indício de que a empresa tenha fechado contratos para disparo em massa.

Marcos Aurélio Carvalho, um dos donos da empresa, afirmou ao jornal que a AM4 mantém apenas grupos de WhatsApp para denúncias de fake news, listas de transmissão e grupos estaduais. “Quem faz a campanha são os milhares de apoiadores voluntários espalhados em todo o Brasil. Os grupos são criados e nutridos organicamente”, afirmou.

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