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Empresas de ônibus têm prejuízo de 2 mi de reais em SC

Companhias de transporte coletivo sentem no bolso o impacto dos ataques que já duram quatro dias; três morreram em confrontos com as forças de segurança

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 nov 2012, 17h13

O quarto dia consecutivo de ataques em Santa Catarina já acarretou um prejuízo de R$ 2 milhões às empresas de transporte público do estado. As três principais companhias tiveram oito ônibus incendiados e um danificado. Até agora, 46 suspeitos foram presos.

Nesta quinta-feira, o governador do estado, Raimundo Colombo, realizou uma reunião com os empresários e representantes do setor. De acordo com Carlos Alberto Vieira, diretor da Santa Terezinha, que esteve presente no encontro, o sindicato ameaçou paralisação total se mais um ataque acontecer. Entre as providências tomadas, ainda segundo Vieira, ficou determinado um novo horário de trabalho. Entre esta noite e o próximo domingo, os coletivos circularão somente até as 20h. Na segunda-feira, haverá uma nova reunião para reavaliar o expediente.

“O governador quer que a gente continue a trabalhar de forma normal, mas não há como. Estamos oferecendo um péssimo trabalho à população”, lamentou o diretor, referindo-se ao fato de ter de interromper os serviços mais cedo.

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Com um prejuízo calculado em 600 000 reais pela perda de quatro ônibus – o último foi atacado na manhã de hoje -, Vieira já planeja entrar com uma ação contra o governo. “É uma angústia, um sentimento de indignação, de impotência do Estado, que deixa isso correr frouxo. Nunca tivemos nada próximo a isso”, desabafou.

Além de arcar com a perda dos veículos, os empresários amarguram uma queda de 30% de passageiros, em média. “A população realmente desiste. É mais um dano para a gente”, comenta Jucélio Santana, gerente de operações da Canasvieras. A companhia teve quatro ônibus atacados, um valor referente a R$ 960 mil.

O gerente operacional da Jotur, empresa que teve um ônibus incendiado (um prejuízo estipulado em R$ 300 mil), conta que nem todos os ônibus estão sendo escoltados. “A Polícia Militar não dispõe de efetivo que possa dar suporte para todas as empresas, em todos os horários e todos os veículos. Isso acontece principalmente na região metropolitana”, afirmou.

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Balanço – Até esta sexta-feira, 46 suspeitos de envolvimento na onda de ataques em Santa Catarina foram presos. Outras 16 pessoas são procuradas e três morreram em confrontos com as forças de segurança, informou a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Os ataques vêm sendo feitos desde a segunda-feira (12). Os detidos são suspeitos de incendiar ônibus, carros e órgãos públicos, além de atacar bases das polícias Militar, Civil e da Guarda Municipal em diversas cidades. Os atentados se repetiram entre a noite de quinta-feira (14) e a manhã desta sexta-feira.

Ao menos oito novos casos foram registrados, de acordo com o jornal Diário Catarinense. As cidades onde foram registrados os ataques são Florianópolis, São José, Tijucas, Criciúma, Navegantes e Itapema. Mais um carro e seis ônibus foram queimados, o último nesta manhã, na rodovia SC-407, em São José, na Grande Florianópolis. Uma fábrica de cordas também foi incendiada em Navegantes. Testemunhas disseram ter visto um grupo de homens carregando galões perto do local.

Em Tijucas, dois suspeitos foram mortos pela Polícia Militar após troca de tiros. Eles estariam planejando o assassinato de policiais, em resposta à morte de um criminoso em Itapema na quarta-feira (14), informou a polícia. Em Criciúma, um homem foi baleado e três adolescentes foram detidos após mais uma troca de tiros. O confronto teria começado depois que uma viatura da PM foi alvejada.

(Com Estadão Conteúdo)

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