Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Empresário acusado de golpe ao vender vacina à Saúde se diz inocente

"Você acha que eu ia entrar dentro do Ministério da Saúde, onde só tem coronel e general, e ter coragem de dar um documento falso?", afirma Christian Faria

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 mar 2021, 18h22 - Publicado em 25 mar 2021, 15h19

O empresário Chistian Faria foi alvo da Polícia Federal hoje, que fez operação de busca e apreensão na residência dele, recolhendo computadores, telefones e documentos. Ele é investigado por tentar vender mais de 200 milhões de vacinas para o Ministério da Saúde, utilizando-se de documentos falsos. A denúncia foi apresentada à Polícia Federal pelo então ministro Eduardo Pazuello, que nesta semana foi substituído no cargo pelo cardiologista Marcelo Queiroga. Em tempos de corrida por imunizantes, Christian anuncia vacinas contra Covid-19 nas redes sociais: “A empresa Biomedic informa a todos hospitais e prefeitos e governadores. Temos a vacina da Covid-19”. Informações, diz o anúncio, pelo WhatsApp do empresário.

VEJA entrevistou Christian Faria. Capixaba, ele nega que tenha tentado dar golpe no Ministério da Saúde. “Não existe vacina falsa. Eu comprava de uma empresa que diz representar a AstraZeneca e me deu uma documentação falsa, uma empresa da Alemanha. Apresentei a documentação em janeiro. Está tudo no meu WhatsApp, dá para a Polícia Federal ver que estou falando a verdade”, defende-se Christian.  A empresa, diz ele, se chama GB, da Alemanha.

O empresário admite que apresentou a proposta de venda de vacinas para o Ministério da Saúde, mas nega tentativa de fraude. “Você acha que eu ia entrar dentro do Ministério da Saúde, onde só tem coronel e general, e ter coragem de dar um documento falso?”, questiona Christian, que tem empresa de eventos e trabalha com a montagem de palcos para shows.

“Sou uma pessoa correta, nunca daria documento falso a general e a coronel”, repete Christian. “Eu ia conseguir as vacinas para o Ministério da Saúde com outra empresa, a empresa da Alemanha já morreu. Agora seria com duas empresas. São distribuidores originais da AstraZeneca e outros da Johnson”, declara.

O empresário acha que ninguém conseguiria aplicar a fraude nos padrões denunciados pela Saúde. “O ministério não paga vacinas antecipadas, como é que a gente ia dar um golpe. Tive uma discussão sobre isso com o secretário-executivo Elcio Franco”, afirma. Com o ex-ministro Pazuello, Christian conta que só trocou mensagens pelo WhatsApp. Ele reclama que o  Ministério da Saúde não poderia ter feito a denúncia contra ele à Polícia Federal. “Achei uma palhaçada me denunciarem”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.