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Emílio Odebrecht vai cumprir pena de 4 anos em prisão domiciliar

A sentença é decorrente de acordo de delação premiada assinado pela empreiteira. O patriarca poderá trabalhar durante o dia e usará tornozeleira eletrônica

Por Da redação
Atualizado em 8 dez 2016, 09h41 - Publicado em 8 dez 2016, 09h39

Emílio Odebrecht, 71 anos, patriarca da empreiteira que leva seu sobrenome, irá cumprir quatro anos de prisão domiciliar, decorrente de acordo de delação premiada assinado pela empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato, segundo a edição desta quinta-feira do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o acordo firmado, o pai de Marcelo Odebrecht cumprirá os dois primeiros anos em prisão domiciliar no regime semiaberto, quando poderá trabalhar durante o dia e deverá permanecer em casa durante à noite. Os dois anos restantes da pena serão cumpridos em regime aberto, quando ele deverá estar em casa nos finais de semana. Emílio usará tornozeleira eletrônica nesse período.

A pena do dono da Odebrecht não será cumprida de imediato. Durante um período superior a um ano ele ficará livre, mas com a responsabilidade de atuar como uma espécie de “fiador” dos acordos celebrados entre a empresa e a Lava Jato.

Emílio Odebrecht cuidará para que as diretrizes anticorrupção acordadas com os investigadores sejam implementadas de fato e comandará a transição das lideranças dentro da Odebrecht, consequência do afastamento dos funcionários que participaram da delação premiada.

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Após a Lava Jato descobrir que na empresa mantinha um departamento destinado à contabilidade da propina, Odebrecht procurou os integrantes da força-tarefa em março do ano passado com a proposta de entregar aos procuradores o que ele chamou de “colaboração definitiva” da empresa.

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O patriarca, então, comandou internamente todo o processo, que consistiu em contar práticas da empresa desde a época em que ele era presidente até o período da gestão do seu filho Marcelo. Emílio assumiu o cargo de diretor-presidente da Odebrecht em 1991, em substituição ao pai, Norberto. Ficou no posto até 2002, quando deu lugar ao executivo Pedro Novis. Em 2009, Novis foi substituído por Marcelo, que ficou no cargo até ser preso na Lava Jato.

Marcelo Odebrecht continua preso em Curitiba e só sairá da cadeia no final de 2017. Após isso cumprirá cinco anos de prisão domiciliar usando tornozeleira eletrônica – metade será em regime fechado, sem direito a sair de casa e a outra parte em regime semiaberto, onde é permitido que ele saia para trabalhar durante o dia e volte para casa à noite.

A Odebrecht assinou o maior acordo de leniência já feito no mundo, em que se propôs pagar uma multa de 2,5 bilhões de dólares – cerca de 8,4 bilhões de reais –, dividida em 23 parcelas.

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