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Em viagem, Maia considera ‘viável’ votar a reforma em fevereiro

Em visita a Nova York, presidente da Câmara calcula que seja necessário 'recompor 70, 80 votos' para a aprovação do texto

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 14 jan 2018, 21h53 - Publicado em 14 jan 2018, 20h47

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, (DEM-RJ) afirmou neste domingo, 14, que é “viável” a aprovação da reforma da Previdência em fevereiro por parlamentares daquela instituição. “É viável, porque cinco governadores já não pagaram décimo terceiro (salário), e se a situação continuar vai aumentar isso”, destacou em conversa com jornalistas em Nova York. “A capacidade de investimento dos Estados é muito pequena. A cada três meses aparece algum pleito de governo de Estado tentando aprovar alguma lei para aprovar um fluxo de caixa de curto prazo”, ressaltou. “O que eu tenho dito a eles é que não adianta mais a gente encontrar soluções de curto prazo se nós não reestruturarmos as contas públicas brasileiras.”

Maia ressaltou que sua consideração foi muito bem recebida pelos governadores. “Eu estive com o governador Fernando Pimentel (MG) no final do ano, essa semana com o governador Raimundo Colombo (SC), e a gente espera nos próximos dias retornar ao Brasil e conversar com outros governadores para ter as condições necessárias de aprovação da reforma.” O presidente da Câmara, contudo, ressaltou que aprovar a reforma da Previdência em fevereiro não será uma tarefa fácil. “Sempre fui muito realista com este tema”, disse Maia. Segundo ele, o governo tinha 360 deputados na base no final de 2016, mas o número foi reduzido para 250 quando o governo conseguiu barrar na Câmara a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer feita pela Procuradoria-Geral da República. “Então, você tem que recompor 70, 80 votos, porque a decisão do governo depois da votação da primeira denúncia foi afastar quem não votou a favor do presidente”, destacou.

“Isso abriu um problema, que estava colocado: como faz para ter 308 votos (para aprovar a reforma da Previdência)?”, ressaltou o presidente da Câmara. “Por isso eu sempre digo que a reforma é urgente, ela precisa ser aprovada, mas precisa reconstruir uma base de 80 deputados para ter conforto para ir a plenário”, afirmou. “Muitos deputados, ainda mais em ano eleitoral, se não tiverem muita clareza de que há uma base sólida para aprovar, acabam não votando ou nem comparecendo no dia da votação.” Segundo Maia, reconstruir uma “base sólida” com 320 ou 330 deputados “não é fácil”, pois vai precisar de “muito diálogo, do envolvimento de outros políticos como os governadores, que serão beneficiados diretamente.”

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Para o presidente da Câmara dos Deputados, “o desafio é poder agregar, somar esforços, para que não apenas com a base do presidente (Michel Temer) hoje a gente consiga ampliar um pouco esse número para poder ter 320, 330 votos no dia da votação”. Maia está em viagem aos EUA e nesta segunda-feira, 15, deve ter um encontro com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, onde tratará, entre outros temas da questão que envolve refugiados da Venezuela no Brasil e o interesse da ONU de que tropas brasileiras possam ir à África.

Eleição

Na conversa, Maia também comentou as especulações sobre uma possível candidatura a presidente. “Eu não sou candidato. Entre a aventura e o risco tem um caminho muito longo para você ser candidato a presidente. Agora, eu analiso cenários. De fato, como eu tenho dito sempre, a eleição no Brasil é uma eleição aberta. Isso gera mais insegurança. Eu não estou preocupado”, disse. “Talvez se eu estivesse preocupado com eleição eu estaria ouvindo muitos dos meus amigos dizendo que eu não deveria manter a votação da reforma da Previdência”, ressaltou o presidente da Câmara. “A minha preocupação com as eleições agora é nenhuma.”

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