Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em SP, só 8% do Minha Casa Minha Vida acolhe faixa mais pobre

A maior parte das moradias foi repassada a beneficiários com renda familiar de até 4 000 reais, classificados na faixa 2 do programa de habitação federal

Por Estadão Conteúdo
6 Maio 2018, 10h13

Principal programa de habitação federal, o Minha Casa Minha Vida destinou apenas 8% das moradias construídas no Município de São Paulo para a parcela mais pobre da população. Dados inéditos do Ministério das Cidades mostram que, desde 2010, ano de criação, 56.961 unidades habitacionais foram finalizadas na capital, mas somente 4.912 delas foram destinadas à faixa 1 do programa, voltada para famílias com renda mensal de até 1.800 reais.

A maior parte das moradias foi repassada a beneficiários com renda familiar de até 4 000 reais, classificados na faixa 2 do programa. Esse grupo foi contemplado com 35.729 imóveis. As outras 16.320 unidades foram destinadas a famílias alocadas na faixa 3, com rendimento de até 7 000 reais.

A mesma tendência é observada na distribuição dos investimentos do programa na cidade de São Paulo. Nos quase nove anos de existência da iniciativa, o governo federal gastou cerca de 10,7 bilhões de reais no Minha Casa Minha Vida na capital paulista, dos quais 1,2 bilhão de reais (11%) foi para a faixa 1.

Os movimentos de moradia criticam o modelo. “O déficit habitacional é composto principalmente de famílias mais pobres, mas a prioridade não foi dada a esse grupo no programa”, diz Josué Rocha, da coordenação do MTST.

Continua após a publicidade

“Não houve um direcionamento correto por parte do governo. A iniciativa dos projetos muitas vezes parte da construtora, que prefere vender empreendimentos para faixas de maior renda”, diz Evaniza Rodrigues, militante da UMM.

Questionado sobre a distribuição dos investimentos entre as faixas de renda, o Ministério das Cidades informou que o gasto direto do governo é maior na faixa 1 do que nas demais. Isso porque, no caso das moradias de faixa de renda menor, o investimento é assumido integralmente pela União, enquanto nas demais faixas são utilizados majoritariamente recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

De acordo com a pasta, o valor direto investido nas faixas 2 e 3 foi de 197,5 milhões de reais, enquanto na faixa 1 o repasse foi de cerca de 1,2 bilhão de reais, “demonstrando a concentração dos investimentos (86%) para atendimento de famílias de mais baixa renda”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.