Em São Paulo, protesto contra Bolsonaro ocupa avenida Paulista
No início da noite um grupo depredou agências bancárias e a polícia utilizou bombas de efeito moral
Manifestantes fecharam a avenida Paulista em mais protesto contra o governo de Jair Bolsonaro, em São Paulo. A concentração começou por volta de 15 horas, em frente ao Masp, um dos principais cartões postais da capital paulista e marco histórico para manifestações na cidade. Um grupo também se mobilizou em frente ao prédio da Federação das Industria do Estado de São Paulo, a Fiesp.
O ato pede o impeachment do presidente da República e o aumento da campanha de vacinação contra o coronavírus. Participantes também carregaram faixas e cartazes criticando a privatização dos Correios e em defesa do meio ambiente.
Essa é o quinta protesto contra o governo ocorrido nesse ano. A maioria dos manifestantes usa máscara para impedir o contágio por Covid-19, mas, como nas outras edições, há pontos com aglomerações de pessoas.
O ato integra o dia de manifestações organizadas pelas centrais sindicais, movimentos sociais, entidades estudantis e partidos ligados à esquerda.
Segundo os organizadores, estão previstas manifestações em, pelo menos, 405 cidades, em todos os estados. Entre as capitais cujas manifestações já ocorreram estão Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belém, Palmas, Teresina, Goiânia, Campo Grande, João Pessoa, Maceió e Boa Vista.
Confusão
No fim de tarde, os manifestantes deixaram a avenida Paulista e rumaram para o centro da cidade, acessando a avenida Consolação. Nas imediações da estação do metrô Mackenzie, um pequeno grupo de pessoas encapuzadas vandalizou uma agência bancária e a polícia interveio. Houve conflito com a tropa de choque da PM e alguns manifestantes. Bombas de efeito moral chegaram a ser disparadas. O ato foi finalizado, no início da noite, na praça Roosevelt.