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Em São Paulo, bairro da Zona Leste fica até 6 dias sem água

Sabesp diz que há falha em equipamento, mas problema estaria ligado à dificuldadecom manobras de redução de pressão

Por Da Redação
25 fev 2015, 09h24

Os moradores de dezenas de condomínios da Cohab Santa Etelvina, em Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, ficam de dois a seis dias por semana sem água. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) começou a realizar manobras para redução do consumo diretamente no reservatório que abastece o bairro, já que antes a ação era feita manualmente em registros na Rua Nascer do Sol. O fechamento, no entanto, foi transferido para o reservatório por questões de segurança – a equipe da empresa teria sido ameaçada por moradores.

O motorista Ubirajara de Souza Rocha, de 39 anos, síndico de um dos condomínios, disse que já precisou comprar três caminhões-pipa para encher os 30.000 litros da caixa d�’água, que já secou algumas vezes desde janeiro. “Quando falaram que o rodízio ia ser de cinco dias por semana (afirmação feita pelo diretor da Sabesp Paulo Massato, em uma audiência pública no dia 27 de janeiro), já estávamos até preparados. É normal ficar até seis dias sem uma gota entrando no reservatório”, disse.

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Ele se refere ao último período longo sem água, que foi da noite de 11 de fevereiro até a madrugada do dia 18, na Quarta-feira de Cinzas. “Durante o Carnaval, eu precisei desligar a bomba do reservatório. Os moradores precisaram descer quatro andares para levar a água até o apartamento em baldes.”

Ainda na semana passada, a dona de casa Sônia Regina, de 61 anos, ligou oito vezes para o telefone 195 da Sabesp, que recebe queixas. “Eles falavam que eu estou na redução de pressão e eu respondia dizendo que era corte de água mesmo.” Sônia agora compra garrafas e estoca água no banheiro para conseguir limpar o apartamento. “Eu tenho sorte de morar no primeiro andar e não ter de ficar subindo e descendo escada com balde.”

Procurada, a Sabesp alegou que no dia 12 de fevereiro foi registrada falha no booster, que bombeia a água para as partes mais altas da região, corrigida no dia seguinte. A empresa estadual também nega haver “intermitência contínua” de água na região e afirmou que monitora diariamente o local.

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No entanto, novo problema de abastecimento era notado no bairro no fim de semana e na segunda-feira. A Sabesp ainda alegou que a região está em “área de redução de pressão” e imóveis em locais mais altos podem levar mais tempo para “restabelecer o fornecimento de água”.

Manobra – O problema, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, estaria mais ligado à dificuldade da empresa em realizar manobras de redução de pressão – a prática vem sendo adotada em toda a Região Metropolitana com o objetivo de reduzir a crise no Sistema Cantareira. O fechamento dos registros ocorria no booster. Como agora a operação é feita antes de a água entrar no reservatório, ela demoraria mais tempo para enchê-lo – o local é capaz de armazenar cerca de 15 milhões de litros de água. Com isso, o abastecimento fica prejudicado, uma vez que para a água chegar às partes mais altas precisa, antes, preencher os reservatórios que ficam antes do booster.

(Com Estadão Conteúdo)

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