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Em carta de despedida, Serraglio diz que Temer sofreu ‘pressões’

Ex-ministro da Justiça atribui pressões a 'trôpegos estrategistas'. Ele recusou assumir Transparência e deixou Rocha Loures sem foro privilegiado

Por Da redação
Atualizado em 31 Maio 2017, 16h52 - Publicado em 31 Maio 2017, 16h48

Exonerado do Ministério da Justiça, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) escreveu uma carta de despedida em que faz um balanço de sua gestão na pasta e agradece ao presidente Michel Temer. No texto, publicado no site do Ministério da Justiça, no entanto, Serraglio afirma que Temer sofreu “pressões de trôpegos estrategistas”.

“Não posso concluir esta quadra de minha história sem agradecer ao presidente Michel Temer, pela confiança que em mim depositou e porque sei das pressões que sofreu de trôpegos estrategistas”, diz Osmar Serraglio, sem especificar a que pressões se refere. Ele também agradeceu ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao PMDB e “aos amigos das Frentes Parlamentares da Agropecuária e do Cooperativismo”.

Criticado por pertencer à bancada ruralista, posição que prejudicaria tratativas de questões indígenas no Ministério da Justiça, Serraglio lembra a criação de um “mutirão de trabalho” para acelerar processos de demarcação de territórios indígenas e afirma que “enquanto se dizia que não recebia índios, eles eram presença constante em meu gabinete”. Ele cita na carta 347 audiências, nas quais se reuniu com 444 políticos, 11 governadores, 35 senadores, 245 deputados federais e 93 prefeitos. Em relação aos representantes dos índios, o ex-ministro não é tão exato e fala apenas em “inúmeros caciques indígenas”.

Após citar Martin Luther King, o peemedebista conclui sua carta declarando ter o “grande sonho” de “pacificar o campo, para que, na mesa da fraternidade, possam os índios e os não-índios, compartilhar a alegria de vivermos neste grande País”.

Osmar Serraglio também se defendeu das críticas de que se omitiu no protesto que terminou em violência e depredação na Esplanada dos Ministérios, na semana passada, e levou o presidente a decretar estado de Garantia da Lei e da Ordem, com convocação de tropas do Exército e da Força Nacional.

“Enquanto eu estaria ausente da última manifestação na Esplanada, não arredei um centímetro do Palácio da Justiça, acompanhando os trabalhos comandados pelo general Santos Cruz e as ações da Força Nacional”, diz o ex-ministro, que também destacou sua atuação no Plano Nacional de Segurança Pública, lançado pelo governo Temer durante o auge da crise do sistema prisional, no início do ano.

Depois de deixar o cargo, Serraglio foi convidado por Michel Temer a assumir o Ministério da Transparência, vago com a ida do ministro Torquato Jardim para a Justiça, mas recusou. Com sua volta à Câmara, o ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures, que ocupava a cadeira do agora ex-ministro na Casa e foi flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com 500.000 reais da JBS, perde o foro privilegiado.

Embora não tenha comparecido à posse de Torquato Jardim, Serraglio afirma que plantou “boas sementes que, certamente, se converterão em árvores frondosas, sob o comando do nosso novo Ministro, ilustre jurista Torquato Jardim”.

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