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Em Brasília, 25.000 protestam contra corrupção e gritam ‘Fora Dilma’

ela primeira vez, o grupo Vem Pra Rua, um dos organizadores das manifestações, endossou o pedido de impeachment da presidente

Por Gabriel Castro, Laryssa Borges e Marcela Mattos, de Brasília
12 abr 2015, 14h04

Cerca de 25.000 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, protestaram pacificamente neste domingo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra o governo da presidente Dilma Rousseff e os recentes escândalos de corrupção no país. Os bilhões de reais movimentados no escândalo do petrolão e o grupo de ratos lançados recentemente no depoimento do tesoureiro do PT João Vaccari Neto à CPI da Petrobras foram lembrados pelos manifestantes, que também pediram o impeachment da presidente, a aprovação de um projeto de lei que transforma corrupção em crime hediondo e o afastamento do ministro e ex-advogado do PT José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), dos futuros julgamentos relacionados à Operação Lava Jato.

Pela primeira vez, o grupo Vem Pra Rua, um dos organizadores das manifestações, endossou o pedido de impeachment de Dilma, bandeira recorrente entre os brasilienses que ocuparam as ruas neste domingo. No último protesto, em 15 de março, quando 50.000 pessoas tomaram a Esplanada dos Ministérios, o grupo havia optado por uma postura mais neutra em relação ao tema, defendendo apenas críticas contra o governo e políticas de combate à corrupção. Na próxima quarta, os líderes nacionais dos protestos pretendem ler diante do Congresso Nacional uma pauta unificada, que deve incluir o reforço ao combate à corrupção e cobranças do que classificam como “estelionato eleitoral” praticado por Dilma.

Nos últimos dias, o Palácio do Planalto havia detectado a possibilidade de perda de adesões aos protestos deste domingo. Mas para os organizadores em Brasília, as projeções de público eram de 20.000 pessoas. Ao longo de um trajeto de pouco mais de 1 quilômetro, manifestantes simularam a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, atrás das grades e uma sócia da petista, classificada por ela de “Bandilma”, subiu em um palco improvisado em frente ao Congresso Nacional.

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O servidor público Cleiton Alves e sua mulher fizeram um boneco gigante de 7 kg da presidente Dilma e pediram a saída da governante. “É muita indignação com a corrupção, com tanta hipocrisia. Parece que estamos deitados em berço esplêndido: os governantes fazem o que fazem e todo mundo fica quieto”, disse ele ao cobrar participação popular nos protestos anti-governo. Garis que trabalhavam na Esplanada dos Ministérios neste domingo também criticaram a presidente. Com adesivos com os dizeres “a culpa é das estrelas”, em referência ao símbolo do Partido dos Trabalhadores, e “PT: perda total”, os garis Carlos Oliveira, Noeli Terezinha e Ivone Soares resumiram o sentimento dos manifestantes em Brasília: “Dilma sabe o buraco em que o país está se enfiando. Ela sabe de tudo, inclusive do escândalo na Petrobras”, disse Ivone.

Embora um dos três carros de som defendesse abertamente a intervenção militar como alternativa para a crise política do governo do PT, o tema não foi endossado pela maior parte dos manifestantes na capital. Por diversas vezes, ouviram-se vaias quando defensores da intervenção discursavam.

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