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Drogada e estuprada, menina passa quatro dias com presidiários no Pará

A garota T., de 14 anos, disse ter sido aliciada por uma mulher, que a levou ao encontro dos detentos. A Polícia abriu um inquérito para apurar o caso

Por Da Redação
19 set 2011, 17h30

A Polícia Civil do Pará abriu um inquérito para apurar o caso da adolescente T., de 14 anos, e de outras duas menores. Elas dizem ter sido drogadas, embriagadas, espancadas e estupradas por vários presidiários por quatro dias dentro da Colônia Agrícola Heleno Fragoso, localizada no complexo penitenciário de Americano, em Santa Isabel do Pará, a 50 quilômetros de Belém.

O caso foi denunciado no sábado, 17 de setembro, por T., que disse ter fugido da penitenciária antes de encontrar dois soldados da Polícia Militar em uma viatura na BR-316. Agentes penitenciários fizeram uma varredura no prédio, mas as outras duas menores não foram encontradas. Segundo T., uma mulher chamada Ane costuma aliciar garotas e levá-las ao presídio em troca de pagamentos feitos por detentos. A polícia continua em busca de Ane.

Ao saber da ocorrência, o governador Simão Jatene mandou exonerar o diretor da penitenciária, Andrés de Albuquerque Nunes, além de outros 18 agentes que faziam plantão no sábado. A garota prestou depoimento e, em seguida, foi levada ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para passar por um exame de corpo de delito. Depois do exame, T. foi encaminhada a um abrigo estadual. Ela foi medicada com vacinas preventivas contra doenças venéreas depois de afirmar que manteve relações sexuais com os presos sem utilizar preservativos.

Aliciamento ─ A garota T. disse que na segunda-feira, 12 de setembro, estava em uma praia no distrito de Outeiro, na Grande Belém, quando foi aliciada por Ane. A menina havia fugido de casa em junho e andava na companhia de um namorado. Segundo seu depoimento, T. foi convencida pela aliciadora a ir até a Colônia Heleno Fragoso para uma “diversão”. Ambas entraram em uma área de mata fechada por um ramal que contorna os fundos da penitenciária.

Enquanto caminhavam, disse T., Ane falava ao celular com um homem conhecido como Faísca. Era um dos detentos. Foi com ele que a menina manteve relações sexuais, passando a noite às margens de um igarapé, também na companhia de Ane. Depois, T. voltou para a rua, segundo seu depoimento.

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Pela segunda vez no igarapé, nos fundos da penitenciária, T. foi abandonada por Ane. Foi quando apareceram vários detentos, que a levaram para o interior do prédio, conta. T. passou quatro dias com os presidiários. Dentro da cadeia, os detentos obrigaram T. a beber, usar cocaína e fumar maconha. Ela fugiu depois de notar que os presos estavam drogados. A menina disse que viu outras duas jovens serem violentadas. Nesta segunda-feira, entidades defensoras dos direitos de crianças e adolescentes definiram a situação de T. como “intolerável”.

(Com Agência Estado)

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