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Doria completa secretariado com segundo escalão de Alckmin

Maioria dos secretários é diretamente ligada ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)

Por Da redação
Atualizado em 25 nov 2016, 09h10 - Publicado em 25 nov 2016, 09h09

O prefeito eleito João Doria (PSDB) completou nesta quinta-feira o anúncio dos 22 secretários que vão compor sua equipe, a partir de janeiro. Da lista, oito nomes são diretamente ligados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que “cedeu” integrantes do segundo escalão de seu governo para o primeiro de Doria. Outros nove têm ou já tiveram cargos públicos e, apesar da promessa, apenas cinco podem ser considerados estreantes advindos da iniciativa privada.

Os indicados para Saúde e Promoção da Pessoa com Deficiência exemplificam a parceria entre Estado e prefeitura. Wilson Pollara e Cid Torquato são atualmente os adjuntos das respectivas pastas estaduais. Fernando Chucre, que vai assumir Habitação, e Marcos Penido, escolhido para Serviços e Obras, também vão trocar de lugar. Hoje, eles comandam a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).

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Destacado para assumir a Secretaria de Governo, Julio Semeghini será o principal elo entre as duas esferas de governo. Ex-secretário de Gestão e Planejamento de Alckmin e responsável pela coordenação da campanha de Doria, o ex-deputado federal já acumula funções antes mesmo de assumir o cargo. É o atual líder da equipe de transição do tucano e futuro encarregado de obter uma boa relação com a Câmara Municipal – o posto de secretário de Relações Institucionais foi extinto.

Completam a lista de secretários herdados de Alckmin o coronel José Roberto Rodrigues, atual chefe da Casa Militar; o administrador Jorge Damião, que é diretor de relações institucionais da TV Cultura; e o vereador eleito Daniel Annemberg, ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e um dos pais do Poupatempo.

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Salário

As dificuldades em pagar salários compatíveis com o mercado acabaram fazendo Doria reduzir a lista de surpresas. Dos 22 secretários, só cinco reúnem diversas das características prometidas, como juventude e carreira privada. As exceções são lideradas por Paulo Uebel, de 37 anos, destacado para cuidar da Gestão, e Caio Megale, de 41 anos, que assumirá Fazenda.

Uebel foi diretor do Lide, grupo empresarial criado por Doria, e Megale, economista do Itaú. Os dois receberam a função de inovar no planejamento e controle de gastos da Prefeitura, a fim de ampliar a capacidade de investimento. Com perfis semelhantes, foram indicados Julio Serson, Fabio Santos e Anderson Pomini.

Na avaliação do cientista político Rui Tavares Maluf, o baixo número de representantes da iniciativa privada mostra que o discurso de parceria entre o público e o privado não é fácil de ser aplicado. “E não se trata apenas da questão salarial, mas das dificuldades enfrentadas por quem trabalha na máquina pública, como a burocracia. Além disso, com a pressão atual sobre os políticos, estar no poder público significa estar sempre no fio da navalha.”

Vai depender do entusiasmo de Doria, segundo Maluf, reverter esse quadro ao longo do governo. “De todo modo, é preciso frisar que ter técnicos, pessoas ligadas a partidos, na equipe não é ruim. Pelo contrário, a experiência em lidar com os problemas do dia a dia pode ajudar. As figuras conhecidas sabem como as coisas funcionam e estão vacinadas contra as frustrações do cargo”, diz.

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Ao menos cinco partidos, além do PSDB, estão contemplados com indicações no primeiro escalão. O PSD, de Gilberto Kassab, conseguiu emplacar Alexandre Schneider na Educação; o PV, de Gilberto Natalini, ficou com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente; o PSB assumirá com Eliseu Gabriel a pasta de Trabalho; o PPS comandará Desenvolvimento Social com Soninha Francine; e o Novo terá a pasta de Desestatização, no comando de Wilson Poit.

Para Doria, a filiação política de seus indicados não tem relevância. “Para mim, o que interessa é ter as melhores cabeças, as melhores inteligências, as pessoas mais capazes para fazer política pública. Essa é a nova política.”

(Com Estadão Conteúdo)

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