Dona Eulália faz o melhor bolinho de arroz de Cuiabá
Receita do quitute está na família há quase cinco décadas
Embora na fachada esteja escrito “Dona Eulália”, a presença de alguns dos oito filhos, 21 netos e 24 bisnetos da proprietária justifica o nome atual, Eulália e Família. A propósito, a pequena placa não indica a entrada, que na realidade fica no final do corredor lateral. No salão simples, com mesas de plástico, chamam a atenção os quatro grandes fornos a lenha que douram bolinho de arroz, bolo de queijo e chipa, vendidos a R$ 3,00 cada um. Por mais R$ 3,00, café, chocolate quente e chá em garrafas térmicas podem ser consumidos à vontade. A primeira fornada sai às 5h30, mas Eulália da Silva Soares, 83 anos, acorda bem antes disso, por volta das 3 horas da manhã, para começar um ritual que se repete há quase cinco décadas. Segundo a matriarca, o segredo da receita de bolinho de arroz imbatível está nos detalhes. O arroz cru, por exemplo, é colocado de molho com antecedência e socado no pilão; a mandioca é ralada manualmente. Na receita do quitute, eleito o melhor da cidade pelo júri de VEJA COMER& BEBER Cuiabá, também entram açúcar, leite, manteiga e coco ralado, este último intervenção de Eulália na receita aprendida com uma tia (sob encomenda, também dá para acrescentar um toque de erva-doce). Quando tudo começou, em 1956, a ideia era incrementar a renda familiar – os bolinhos eram vendidos de porta em porta com a ajuda de garotos da vizinhança e nas festas da Igreja São Benedito. A demanda fez que o marido dela, Eurico Avelino Soares, construísse um forno a lenha e abrir um ponto fixo para venda dos quitutes na casa da família. Três gerações e outros três fornos depois, não há dúvidas: a aposta deu muito certo. Rua Professor João Félix, 470, Lixeira, 65-3624-5653 (100 lugares). 5h30/11h (ter. e qui. até 10h, fecha seg., qua. e sex.). Aberto em 1958.
2º Lugar – Bolo de Arroz e Cia.
A maior parte dos quitutes da casa é feito a partir de receitas da proprietária, Lia Lara Toledo. O bolo de arroz assado, combina arroz e mandioca em sua base e tem sabor levemente adocicado (R$ 2,90), assim como o bolo frito de polvilho e queijo (R$ 4,90). Para os fãs de queijo, as opções fritas (R$ 4,90) e assadas (R$ 3,00) também estão entre as opções. A queimada, bala caseira feita com a rapadura da cana-de-açúcar sai por R$ 2,00 e, por mais R$ 3,90, pode ganhar a companhia de um expresso. Avenida São Sebastião, 2453 (Aeroporto Marechal Rondon), 65-3321-1872. 7/20h (sáb e dom. até 12h). Aberta em 2000.
3º lugar – Padaria Panfrigo
As receitas centenárias dos bolos de arroz (R$ 2,00) e de queijo (R$ 2,00), transmitidas por várias gerações, são carro-chefe do negócio que já soma 36 anos. O casal Mônica e Laucídio Gomes, o Xido, participa ativamente no atendimento aos clientes e da produção diária que preza pelo artesanal. O queijo é produzido na fazenda da família, feito com leite de rebanho próprio. Entre outros queridinhos dos clientes, figuram o pastel com bastante recheio (R$ 2,00) e a farta esfiha com tempero acentuado (R$ 5,50), além do pão francês (R$ 13,70), feito com banha de porco para não ressecar. O cliente pode ainda levar para casa os quitutes congelados a R$ 15,00 (25 unidades) e paçoca de pilão (R$ 60,00 o quilo). No almoço, é servido bufê pratos regionais (R$ 25,00 o quilo). Rua Villa Maria, 13, Baú, 65-3321-9073 (26 lugares). 6h/20h (dom. e feriados até 14h). Aberto em 1981.