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Doleiro da operação Lava Jato teria movimentado R$ 90 milhões

Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal, usaria o dinheiro para pagar agentes públicos. Na lista de favorecidos constam empreiteiras e empresas de engenharia

Por Da Redação
26 mar 2014, 10h42

A Polícia Federal (PF) descobriu que uma empresa de consultoria controlada pelo doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, movimentou quase 90 milhões de reais entre os anos de 2009 e 2013. A PF suspeita que parte desses valores foi utilizada para pagamento de propinas para agentes públicos corrompidos por Youssef.

A descoberta sobre o fluxo milionário do caixa do doleiro ocorreu após análise da quebra de sigilo bancário da MO Consultoria e Laudos Estatísticos, que Youssef criou para captar valores de clientes empresários, segundo a investigação da polícia.

A operação Lava Jato foi desencadeada há dez dias para desmontar sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que atingiu o montante de 10 bilhões de reais. A investigação mostra as digitais de Youssef em negócios sob suspeita do Ministério da Saúde e da Petrobras.

Youssef é um antigo conhecido da Justiça Federal. Nos anos 1990 ele foi protagonista do escândalo Banestado, evasão de 30 bilhões de dólares. A Lava Jato o flagrou agora em ação novamente. Ele teria pago propinas para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A PF constatou que o doleiro presenteou o executivo com um carro modelo Land Rover Evoque, no valor de 250.000 reais. As comissões pagas por Youssef para Costa e outros suspeitos podem ter chegado a soma de quase 8 milhões de reais. A PF interceptou mensagem de correio eletrônico enviada pela gerente financeira de uma empresa, que encaminha planilha de pagamentos de “comissões”, em valores vultosos – total de 7.950.294,23 reais -, com indicação, no campo fornecedor, das siglas MO e GFD.

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Segundo a PF, a GFD Investimentos e a MO Consultoria “são empresas controladas por Alberto Youssef, que as colocou em nome de pessoas interpostas e são por ele utilizadas para ocultação de patrimônio e movimentação financeira relacionada às operações de câmbio no mercado negro”. Em cinco anos, período entre 2009 e 2013, as contas do doleiro movimentaram exatamente 89,73 milhões de reais.

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Entre os principais remetentes do dinheiro identificados pela polícia, que receberiam o dinheiro de Youssef estão vinte pessoas jurídicas, entre as quais algumas das maiores empreiteiras do país e empresas de engenharia, que despontam como “fonte pagadora” da MO Consultoria.

(Com Estadão Conteúdo)

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