Dois são presos durante greve de motoristas em Osasco
A paralisação começou na manhã desta quinta-feira, atingindo cerca de 1,3 milhão de usuários em oito municípios da Grande São Paulo
Duas pessoas foram presas em flagrante na manhã desta quinta-feira, em Osasco, na Grande São Paulo, durante a paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus do município, iniciada nesta manhã. Segundo o Sindicato dos Condutores de Osasco e Região (Sincovero), os dois portavam chaves de ignição de alguns ônibus e estavam impedindo que os coletivos da Viação Osasco, no bairro Jardim Novo Osasco, circulassem.
A greve começou na manhã desta quinta, atingindo cerca de 1,3 milhão de usuários em Osasco e em sete municípios vizinhos, na região da Grande São Paulo. Segundo o sindicato, apenas funcionários da Viação Urubupunga trabalhavam normalmente nas linhas que atendem principalmente as regiões de Osasco e Lapa, na Zona Oeste de São Paulo. Cerca de mil ônibus da frota estavam circulando, segundo o sindicato.
Já a Viação Danúbio Azul, que atende as regiões de Embu, Taboão da Serra e Cotia, estava totalmente parada. A Viação Del Rei, que tem linhas circulando por Carapicuíba, operava parcialmente.
Segundo o sindicato, a categoria reivindica 15% de aumento salarial, vale-refeição de 18 reais, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 1 200 reais e o fim da uma hora de almoço, exigida pelo Ministério Público do Trabalho, e que foi colocada em prática pelas empresas.
Audiência – Uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no centro da capital paulista, está marcada para as 14 horas desta quinta-feira entre motoristas e cobradores e os donos das empresas, quando novas propostas de ambos os lados serão colocadas à mesa na tentativa de se encerrar a paralisação.
São Paulo – Nesta quarta-feira, a capital paulista também sofreu com uma paralisação de funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). No metrô, funcionaram integralmente apenas as linhas 5-Lilás e 4-Amarela. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, além das 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana), operaram parcialmente. A paralisação, iniciada a meia-noite, terminou no fim da tarde.
A greve em São Paulo causou dezenas de quilômetros de congestionamento. O rodízio de veículos com placas de final 5 e 6 foi suspenso. Já a SPTrans acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), ampliando o número de ônibus entre as estações afetadas. Os pontos, porém, ficaram lotados.
O congestionamento foi aumentando ao longo da manhã. Às 7h50, já havia 150 quilômetros de lentidão nas vias monitoradas pela CET. Às 9 horas, o congestionamento era de 210 quilômetros – 105 quilômetros só na Zona Sul. Menos de meia hora depois, subiu para 221 quilômetros – 108 só na Zona Sul. Os índices bateram, logo cedo, o recorde de congestionamento registrado pela CET este ano no período da manhã, que foi de 168 quilômetros de lentidão em 27 de abril. Às 9h42, o congestionamento chegou a 229 quilômetros, batendo o recorde do ano em qualquer período, que era de 222 quilômetros. Às 10 horas desta quarta-feira, a lentidão chegou a 249 quilômetros.
(Com Agência Estado)