Documentos comprovam arapongagem da Abin no Porto de Suape
Reportagem de VEJA desta semana revela que o serviço secreto brasileiro mentiu quando disse que seus agentes nunca estiveram no local. Quatro espiões foram flagrados pela segurança do porto e ficaram detidos por mais de duas horas
Pela própria natureza do trabalho, é típico dos serviços de inteligência de qualquer país manter suas atividades sob o mais rigoroso segredo. Quando algo dá errado ou é feito ao arrepio da lei – o que não é incomum -, essa premissa é sempre levada ao extremo. Uma reportagem de VEJA da semana passada revelou que quatro agentes da Abin, o serviço secreto brasileiro, foram detidos no Porto de Suape, no Recife, sob a suspeita de espionar o governador pernambucano Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República pelo PSB. Se comprovada, a denúncia seria o estopim de um monumental escândalo, segundo avaliação das próprias autoridades do governo. Na segunda-feira, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, órgão ao qual a Abin está subordinada, negou o episódio. Em nota, informou que não realizava operações para vigiar quem quer que fosse nem tinha registros da detenção dos agentes. Dois dias depois, foi a vez de a própria Abin rebater o conteúdo da reportagem. Também através de uma nota, a agência garantiu que os agentes citados jamais estiveram no porto e que “nunca houve abordagem, detenção ou prisão de servidores em 11 de abril ou qualquer outra data”.
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