Doações às vítimas da Região Serrana já somam R$ 7 mi
E o montante ainda não inclui a construção de 2.000 casas populares, diz jornal
Já chega a 7 milhões de reais a soma das doações feitas às vítimas da tragédia provocada pela chuva na Região Serrana do Rio de Janeiro. De acordo com a edição desta quarta-feira do jornal O Globo, o montante inclui doações feitas por empresários e sociedade civil, mas o cálculo não abrange o custo da construção de 2.000 casas populares, prometidas às vítimas por um grupo de seis construtoras.
Estima-se que as moradias a serem construídas exijam um investimento de pelo menos 100 milhões de reais. Nesse caso, o cálculo tem por base o custo de 50.000 reais por casa – valor utilizado pela Secretaria estadual de Obras para orçar a construção de outras 6.000 residências. Como as construtoras vão se basear no modelo do programa Minha Casa, Minha Vida – cujo teto é de 130.000 reais -, porém, o valor pode ficar ainda mais alto.
Segundo o vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão, as primeiras casas para desabrigados devem ser erguidas na Fazenda da Laje, em Friburgo. “As moradias vão ser construídas no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, e a presidente Dilma anunciará, na próxima quinta-feira, no Rio, os projetos”.
Na terça-feira, o Corpo de Bombeiros do Rio informou que “recolheu e distribuiu” 359.000 litros de água e 334 toneladas de alimentos não perecíveis e produtos de higiene pessoal para vítimas de deslizamentos e inundações na Região Serrana. As doações foram feitas nos 106 quartéis da corporação estadual.
O material foi levado para abrigos nos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, “onde se concentram o maior número de desalojados e desabrigados”. No entanto, segundo balanço da Defesa Civil, Petrópolis tem mais desalojados (5.696) que Friburgo (3.220). Em Teresópolis são 6.210. O município também registra o maior número de desabrigados: 5.058. O segundo nesse ranking é Friburgo (2.184). Nos 16 municípios afetados, há 12.163 desabrigados e 18.079 desalojados.
Nesta tarde, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio deverá apresentar relatório preliminar sobre os efeitos e “possíveis causas” da tragédia. A Marinha informou que, com o restabelecimento de serviços públicos de saúde, o Hospital de Campanha instalado há 11 dias em Friburgo será desmontado. Oficialmente, houve 2.205 atendimentos.
(Com Agência Estado)