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Disparando na tendinha

Vídeo do governador Wilson Witzel acompanhando de helicóptero operação da Polícia Civil em Angra dos Reis rende denúncia à ONU e à OEA

Por Fernando Molica
Atualizado em 10 Maio 2019, 07h00 - Publicado em 10 Maio 2019, 07h00

Depois de mandar policiais “mirar na cabecinha” de qualquer suposto bandido que esteja portando fuzil, o governador do Rio, Wilson Witzel, partiu para o vamos ver. Em pleno fim de semana de folga no luxuoso Hotel Fasano, em Angra dos Reis, Witzel resolveu embarcar num helicóptero da Polícia Civil para acompanhar uma operação na cidade e registrar tudo em vídeo. Ainda em terra, gravou mensagem em que anunciava “o fim da bagunça” dos marginais. Em seguida, apareceu dentro do aparelho em voo. O vídeo mostra ainda imagens externas mixadas com sons de tiros e a voz de outro passageiro resumindo o suposto sucesso da empreitada: “Matou”. Na verdade, oficialmente ninguém foi morto, mas por pouco a ação não acabou em tragédia. Soube-se depois que os policiais dispararam dez tiros contra uma tenda usada por evangélicos para orações, acreditando que a estrutura, felizmente vazia naquele momento, fosse abrigo de traficantes. Entre janeiro (quando o governador tomou posse) e março deste ano, 434 pessoas morreram vítimas de tiros dados por policiais no Estado do Rio, o que representou um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2018. Diante do barulho feito por Witzel nas redes sociais com seu voo em Angra, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa decidiu denunciá-lo à ONU e à Organização dos Estados Americanos pela “política de massacre”. O passeio trouxe outra dor de cabeça para o governador: ele se viu obrigado a desmentir a própria declaração de que a hospedagem da família fora cortesia do hotel. Autoridades estaduais são proibidas de aceitar esse tipo de mimo.

Publicado em VEJA de 15 de maio de 2019, edição nº 2634

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