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Diretor de presídio e outros 30 agentes são presos após fuga do PCC

Ministra da Justiça paraguaia suspeita que os funcionários da unidade penitenciária facilitaram a liberação dos presos

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 19h31 - Publicado em 20 jan 2020, 11h16

O agora ex-diretor Christian González e outros trinta guardas penitenciários do presídio de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com o Brasil, foram presos após a fuga em massa de 76 presos ocorrida na madrugada do domingo 19. Eles também foram destituídos dos seus postos a pedido do Ministério Público paraguaio, que investiga a suspeita de eles terem sido corrompidos para facilitar a liberação.

Dentre os fugitivos, há 40 brasileiros e 36 paraguaios, a maioria ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que tem se expandido e provocado instabilidade no sistema penitenciário paraguaio nos últimos meses. A região fronteiriça entre Brasil e Paraguai é uma tradicional rota do tráfico de maconha e cocaína por parte das facções criminosas.

A fuga é considerada a maior já ocorrida no país. As autoridades descobriram um túnel de 20 metros embaixo da penitenciário que tinha ligação com um banheiro do pavilhão onde estavam encarcerados os membros do PCC. A ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez Rivas, declarou no domingo que é “impossível” que os funcionários não tenham tomado conhecimento do plano. “Nós denunciamos o plano de fuga ao Ministério Público, à polícia e à opinião pública. Havia um oferecimento de 80.000 dólares para liberar os líderes do PCC. Pela quantidade de areia, é impossível que esse trabalho de semanas não tenha sido advertido por essas pessoas [os agentes]”, disse a ministra da Justiça.

Entre os investigadores, há também a hipótese de que o túnel serviu como um disfarce para isentar o envolvimento dos agentes penitenciários – por esta linha de apuração, boa parte dos presos teria fugido pela porta da frente da penitenciária. Esta informação foi aventada pelo ministro do Interior paraguaio, Euclides Acevedo.

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Após o ocorrido, o governo paraguaio anunciou uma intervenção federal no sistema penitenciário e acionou forças militares para reforçar a segurança de presídios.

Da parte do Brasil, o ministro da Justiça, Sergio Moro, informou que o governo federal está trabalhando junto com o Mato Grosso do Sul para impedir a entrada de criminosos no Brasil. Segundo Moro, o país mantém diálogo com o Paraguai para conseguir recapturar os detentos.

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