Diretor da PF vai aos EUA para tratar de combate a ‘fake news’
Além de informações sobre metodologia contra notícias falsas, Fernando Segovia se reunirá com agências americanas de imigração e antidrogas
O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, embarca na noite desta terça-feira para os Estados Unidos, onde vai se reunir com autoridades americanas para, entre outros assuntos, aprofundar o intercâmbio de informações sobre o combate à proliferação de notícias falsas na internet. Segovia fica nos EUA até o domingo e deve ter encontros em Miami e Washington, entre outras cidades.
Ele pretende voltar ao Brasil com informações sobre como as autoridades americanas atuaram no combate às fake news nas eleições de 2016. As informações compartilhadas servirão para a criação da estratégia e da metodologia brasileira de combate à disseminação de notícias falsas durante as eleições de outubro.
Os EUA investigam a suposta influência da Rússia na última disputa pela Casa Branca, vencida pelo republicano Donald Trump. No Brasil, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) e próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criou um grupo de trabalho para debater o tema. Como a PF participa do grupo, a ideia da cúpula da corporação é compartilhar informações com os outros integrantes para definir como o Brasil combaterá esse mal.
Além de tratar sobre as notícias falsas, Fernando Segovia deve se reunir com as agências americanas especializadas para debater tráfico de drogas, de armas e pornografia infantil. Com a DEA – que atua no combate ao tráfico de drogas -, a PF pretende expandir a cooperação que contribuiu para que, em 2017, fossem batidos todos os recordes de apreensão de drogas no país. Foram 353 toneladas de maconha e 47 de cocaína.
Com a agência de imigração e crimes transfronteiriços, a ICE, a PF quer estabelecer novas parcerias para o combate à pornografia infantil. Em 2017, a Polícia Federal realizou 245 operações contra esse tipo de crime no Brasil.