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Dirceu, pivô do mensalão, fala sobre a ditadura na TV

Trecho de depoimento foi exibido na novela "Amor & Revolução"

Por Da Redação
21 abr 2011, 00h33

O ex-ministro José Dirceu merece, sem sombra de dúvida, constar dos livros de história. Ele foi personagem central do maior esquema de corrupção já detectado no Brasil – o mensalão petista – e artífice do processo de aparelhamento do estado que o governo Lula protagonizou em oito anos de poder. É por esses dois episódios que sua história deve ser medida. E é bom ter isso em mente ao assistir aos depoimentos que ele gravou para a novela Amor & Revolução, do SBT. A trama diz respeito aos anos de chumbo impostos ao Brasil pelo governo militar. Dirceu foi chamado para falar de seu envolvimento na luta contra a ditadura. Sim, ele tem algo para contar. Mas nessa trama, não passa de uma figura menor.

O depoimento que foi ao ar nesta quarta foi apropriadamente burocrático. Ele recordou o episódio de Ibiúna, quando centenas de estudantes foram presos pela repressão durante um congresso clandestino. Algum tempo depois, o ex-ministro foi libertado, ao lado de diversos outros presos políticos, em troca do embaixador americano no Brasil, Charles Elbrick.

De acordo com o autor da novela, Tiago Santiago, os depoimentos de Dirceu, assim como os de outros, vão voltar quando a trama se aproximar do período de acirramento da luta terrorista contra o regime militar.

O depoimento do pivô do escândalo do mensalão surpreendeu o escritor e jornalista Flávio Tavares, libertado junto com José Dirceu. “Em nenhum momento ele tentou se colocar em primeiro plano e, importante, contou que não foi torturado”, afirmou o ex-preso político. “Quando saímos do Brasil, ele foi para Cuba treinar e eu viajei para o México”, lembra. “Ao retornar para casa, Dirceu optou por viver clandestino no Paraná. Ele soube recuar, admitir a derrota.”

O cientista político Marco Antônio Villa explica o fraco desempenho teledramatúrgico de Dirceu, quando comparado com os demais militantes políticos. “Ele não foi torturado. No retorno ao Brasil, não participou da luta contra a ditadura. Viveu como um pequeno empresário no interior, mais preocupado com o balanço da loja e com o noticiário esportivo”, diz.

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